Como todo o respeito que é preciso ter em relação a toda opinião de quem procura acrescentar a qualquer debate, como é o caso do Thiago Prado Oliveira, comentarista sempre presente no blog, com opiniões muito interessantes, vou discordar dele nessa:
“Sobre a contusão do Alisson e do Gabriel Xavier, não so o Dep. médico deve explicações mas a preparação física do te estava uma porcaria. A pés temporada foi muito mal planejada e vemos hoje os jogadores com meia temporada disputada tendo várias contusões!
Até nisso a comissão técnica anterior estava patinando na curva.”
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E como diria o Celso Roth, o Thiago me “oportuniza” uma boa pauta para um comentário. Contusões fazem parte do cotidiano dos jogadores de futebol, principalmente as musculares, ainda mais no ritmo pesado de treinamentos, que exigem os esportes de alto rendimento. Além do mais, há jogadores cujo histórico físico costuma comprometer a carreira, sem distinção de idade. No passado, jogadores assim eram chamados de “canela de vidro”.
Os motivos são diversos e vem da formação do indivíduo ao comportamento pessoal de cada um. Lembram do Kerlon, o “Foquinha”? (link no fim do texto)
E o Guilherme, do Atlético?
Um experiente profissional da educação física que já trabalhou nos três grandes clubes da capital me disse que nestes casos, cada atleta precisa de um treinamento específico e quantidade determinada de jogos em sequência. Mas, até que se detecte o problema em cada um, leva tempo. Ele trabalhou com o Guilherme no início da carreira e parece que só agora caiu a ficha no Galo, de que ele precisa dessa dosagem de jogos: não pode passar de três seguidos, e dependendo do ritmo, menos de 90 minutos em cada.
Alisson chegou ao profissional recentemente e está sendo avaliado pelos fisioterapeutas, médicos e preparadores físicos do Cruzeiro. De setembro até agora foram cinco contusões musculares que o afastaram do time. Ainda não se sabe se ele pertence a este grupo de jogadores que precisam de cuidados especiais. Gabriel Xavier chegou tem pouco tempo e também está sob observação.
Por isso, é uma grande injustiça colocar culpa, de cara, nos preparadores físicos, do Cruzeiro e de qualquer clube quando o time vai mal ou há situações de contusões aparentemente estranhas. A comissão técnica do Marcelo Oliveira foi bi campeã brasileira, consecutivamente. Coisa rara no futebol brasileiro. Se houvesse algum incompetente lá dentro, não chegaria lá, ou sujeito teria sido demitido no meio do caminho.
Rodolfo Mehl, chefe da preparação física do Atlético quase caiu, recebendo toda a culpa pelas contusões e mau desempenho do time no do ano, sem ser culpado de nada. Na sequência o time melhorou, passou a ganhar e ninguém falou mais da preparação física. Inclusive os críticos, que deveriam ter dado a mão à palmatória e reconhecido que falaram de um assunto sobre o qual não estão preparados, além de não estarem lá no dia a dia, vendo o que está sendo feito.
Kerlon
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