Entrada do Estádio Monumental, do Colo-Colo, que foi utilizado apenas para os dois jogos do Brasil. No máximo uma pintura como reforma para a Copa América.
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A imprensa que cobre a Copa América avalia que sem Neymar a seleção brasileira fez o seu melhor jogo, contra a Venezuela e que o time fica mais imprevisível quando o dono da camisa 10 não está em campo. Pode até ser, mas vamos ver o comportamento desses jogadores sem ele contra adversários mais qualificados daqui em diante, como o Paraguai no sábado. Não tem um grande time, mas é forte na marcação e cria dificuldades que só um craque costuma transpor.
A competição começa a contagem regressiva prometendo jogos bem melhores já que o empate não beneficia mais ninguém. Se não houver vencedor no tempo normal e nem na prorrogação, pênaltis. O Chile contará muito com a força da torcida contra o Uruguai na quarta-feira. Bolívia e Peru possivelmente farão o jogo mais fraco na quinta. Argentina e Colômbia têm uma guerra à parte entre eles, mas o time do Messi é bem melhor. No sábado, Brasil e Paraguai deverão fazer um jogo tenso.
Para os próximos dias espera-se que o ar esteja mais respirável por aqui. As autoridades de Santiago decretaram estado de emergência ambiental, adotando rodizio de automóveis e desencadeou uma grande campanha de conscientização nos meios de comunicação pedindo que as pessoas tenham cuidado e não abusem de atividades físicas ao ar livre. São os efeitos da poluição e da falta de ventos na cidade que está em um vale, cercada pela Cordilheira dos Andes. A última vez que o governo decretou emergência ambiental aqui foi há 16 anos. E o frio tende a aumentar.
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A avaliação geral é que numa escala até 10 a organização da Copa América pelos chilenos está merecendo um 9. A população abraçou a disputa e as autoridades esportivas e governamentais fizeram a parte delas sem abusar do dinheiro e da inteligência públicas. Gastou-se apenas o necessário, sem nenhuma ostentação e não está faltando nada para ninguém que veio assistir ou trabalhar. O país tem baixas taxas de violência, porém não está livre de trombadinhas e mãos leves, nas ruas mais movimentadas do Centro de Santiago e nos estádios.
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Nos estádios, boa sinalização, boas acomodações, mas nenhum luxo e só foram feitas reformas onde havia extrema necessidade. No principal, o Nacional, cadeiras foram instaladas, mas ainda há um pedaço com as tradicionais arquibancadas de madeira. O Monumental, propriedade do Colo-Colo, recebeu no máximo um banho de tinta, na fachada, e nenhuma delegação está reclamando de nada. Em compensação, a internet de alta velocidade funciona de forma impecável em todos os cantos, nos estádios inclusive; exceção ou outra em pós-jogos.
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