Muito interessante essa reportagem do ESPN com Vitor, uma das promessas do América. Tomara que ele ajude o time a passar hoje a tarde pelo Bahia e seguir na Copa São Paulo. O Cruzeiro se classificou ontem ao vencer o Sport Recife por 2 a 1 e vai enfrentar o Corinthians na semifinal.
* “Dispensado pelo Corinthians, ‘Safadão’ brilha na Copinha e garante: ‘Sou 99% jogador’”
É no ritmo de “Vem pro meu lounge“, de Wesley Safadão, que o atacante Vítor, sensação do América-MG na Copa São Paulo de Futebol Júnior, fala de sua relação com o Corinthians, clube que defendeu por sete anos nas categorias de base antes de ser dispensado – segundo ele, sem explicação.
Apelidado pelos próprios companheiros e pelos torcedores de Vítor “Safadão”, já que usa o mesmo penteado do maior hit da música brasileira no momento, ele é dos responsáveis pela boa campanha americana na Copinha.
Antes de brilhar no “Coelho”, porém, o matador jogou por muitos anos no “Terrão” corintiano, ao lado de garotos que hoje integram o elenco principal do time alvinegro.
“Sou nascido na Zona Leste de São Paulo e comecei no Corinthians com oito anos. Joguei com o Guilherme Arana e o Malcom na base. Disputei vários campeonatos até ir para o sub-17. Aí um dia trocou o treinador e a diretoria. O Marcelinho Paulista chegou e me dispensou, mas nunca explicou os motivos”, contou Vítor, em entrevista ao ESPN.com.br.
O atacante, contudo, suspeita que sua baixa estatura tenha sido o motivo.
“Acredito que tenha sido mandado embora porque eu era muito pequeno, até fiz um tratamento para crescer dentro do Corinthians, eu escutava sempre isso esse lance da altura. A gente desconfia que é isso, mas pouco tempo depois que os jogadores saíram e chegaram vários atletas que eram da confiança do Marcelinho…”, afirma.
Na época que chegou ao sub-17, Vítor tinha apenas 1,60m. Após realizar tratamento, finalmente teve o estirão e alcançou a estatura que tem hoje, conseguindo brigar no corpo com os outros atletas.
Depois disso, jogou pelo União de Itabirito, clube pelo qual disputou Campeonato Mineiro de juniores e uma Taça BH. Destacou-se e em seguida foi para o Cruzeiro, que defendeu por um ano antes de chegar ao América-MG, em agosto de 2015.
Seu grande momento de brilho veio na Copinha deste ano. Na terceira fase, ele fez um golaço de falta na vitória por 2 a 1 sobre o Juventus, em plena Rua Javari, classificando o “Coelho” para enfrentar o Palmeiras.
Na fase seguinte, cobrou bem seu pênalti, o primeiro da série, e ajudou o time mineiro a eliminar o adversário na marca da cal, após empate por 1 a 1 no tempo normal.
Agora, o time de Belo Horizonte está nas quartas de final, e enfrenta o Bahia nesta quarta-feira, às 17h (horário de Brasília), no estádio Nicolau Alayon.
Vai, Safadão!
Aproveitando a fama repentina na Copa São Paulo, Vítor diz que gostou de ganhar o apelido de “Safadão”, e conta que está “viciado” no som do cantor cearense.
“Eu sempre fui chamado de Vitinho, mas depois que comecei amarrar o cabelo igual ao Safadão, o apelido pegou com a torcida. Os torcedores adversários xingam muito, mas a turma do América brinca e agora só me chamam de Safadão (risos)”, diverte-se.
“Eu curto muito a música dele, baixei o CD pra escutar agora na Copinha. No jogo contra o Palmeiras, deixei meu celular no modo aleatório e no vestiário começou a torcar uma música dele chamada ‘Vem no meu lounge‘. Até tirei uma com a galera: ‘Olha como eu concentro pros jogos, só ouvindo o Safadão’ (risos)”, brinca.
O jogador do América-MG também fez questão de elogiar os dotes futebolísticos de Wesley, que se destacou em diversas peladas de fim de ano com golaços de todos os jeitos.
“O cara tem qualidade demais, não é só um grande cantor, não, ele tá batendo falta melhor eu (risos)!”, diz Vítor, que garante não ser safado: “Eu namoro e não posso usar o 1% vagabundo, não (risos)”, gargalha.
O atleta também brinca com o lema usado pelo cantor, que diz ser “99% anjo, mas 1% vagabundo”: “Quando enfrentamos o Juventus, um torcedor toda hora ficava me chamando de Safadão e soltou uma pérola no alambrado: ‘Esse aí é 99% jogador, mas é 1% safadão (risos)'”, relata o matador, antes de encerrar.
“Agora, estou adotando esse lema pra mim, te garanto que sou ‘99% jogador’. É até um jeito de ficar mais conhecido, né?”, aposta.
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