Arquiteto inspirou-se no Santiago Bernabéu (Real Madrid), Estádio do Dragão (Porto) e na Allianz Arena (Bayern de Munique) para criar o projeto da futura casa do Galo
A diretoria continua trabalhando nos bastidores para tornar o projeto em realidade. Com o devido sigilo já que as negociações comerciais envolvem os famosos itens de “confidencialidade”. Mas esta ótima entrevista do repórter Frederico Ribeiro com o arquiteto Bernardo Farkasvölgyi, autor do projeto, revela dados muito interessantes. Aliás, trata-se do mesmo arquiteto que projetou a nova fachada da sede de Lourdes.
No jornal Hoje em Dia, de hoje:
* “Projeto do estádio do Atlético promete pressão maior que a do Horto”
Em pouco tempo, um gigante em preto e branco será erguido em Belo Horizonte. Mas, apesar das dimensões, o futuro estádio do Atlético, em terreno localizado entre a Via Expressa, a BR-040 e o Anel Rodoviário, no bairro Califórnia, terá o clima de “caldeirão” tão apreciado pela Massa.
Essa é a promessa do arquiteto Bernardo Farkasvölgyi, responsável pelo projeto da nova casa do Galo. A ideia é que, na nova arena, a torcida alvinegra possa exercer uma pressão ainda maior do que a praticada atualmente no Independência, quando totalmente ocupado.
Descendente de húngaros, Bernardo nasceu em Belo Horizonte e é torcedor fanático do clube mineiro. Com a marquise inspirada na torcida do clube, ele optou por desenhar o estádio em um formato mais oval, justamente para que as arquibancadas fiquem bem próximas ao gramado. A capacidade do estádio será de 50.060 lugares.
“O formato foi muito em função até do próprio terreno e da ideia de manter um caldeirão. Ele não é totalmente redondo, para que a torcida fique o mais próximo possível do campo. Realmente, estamos projetando uma atmosfera para que o estádio seja ainda mais caldeirão do que o próprio Independência. Isso é uma premissa do projeto”, detalhou, ao Hoje em Dia.
“Quando a torcida desce aquelas faixas pretas e brancas no Independência… Foi o que inspirou o desenho da marquise. Esse sentimento de ser atleticano, a existência do clube, me deram motivação de sobra”, acrescenta.
Inspiração
A modernidade da arena alvinegra tem referências europeias e nacionais. Em visitas técnicas, Bernardo foi até o Velho Continente para ver de perto três gigantes do futebol internacional.
“Visitamos outros estádio, e não foram poucos. Lá fora, fomos ao Santiago Bernabéu (Real Madrid), ao estádio do Dragão (Porto) e à Allianz Arena (Bayern de Munique), que é fantástica”, lembra o arquiteto.
No Brasil, o Beira-Rio (Internacional) foi a obra que mais chamou a atenção do responsável pelo projeto, seguido do Allianz Parque (Palmeiras). Já a Arena Corinthians, para ele, possui pontos positivos, mas falha por ter “luxo em exagero”.
“No Brasil, eu gostei muito do Beira-Rio. É um belo projeto. O estádio do Corinthians é interessante também, mas, no meu ponto de vista, achei muito luxuoso. Tem muito mármore e granito. Acredito que um estádio não precisa dessas coisas, apesar de ser uma bela arena, assim como o Allianz Parque”, avalia.
Este é o primeiro projeto de um estádio de futebol comandado por Bernando. O arquiteto foi também o responsável pela reforma da Sede de Lourdes e da Loja do Galo.
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