Amir Somoggi é um dos mais respeitados especialistas brasileiros em marketing e gestão no esporte. Administrador de empresas formado pela ESPM, especializado em gestão esportiva pela FGV e pós-graduado em marketing esportivo pela Universidade de Barcelona, é também colunista do jornal Lance e participa quase todos os domingos pela manhã do CBN Esportes, excelente programa comandado pelo Carlos Eduardo Éboli.
Walter Feldman já passou por vários partidos políticos e hoje é Secretário Geral da CBF
O programa de hoje foi apresentado pelo Antônio Carlos Duarte, que sem querer proporcionou um ótimo momento para o futebol brasileiro. Ele batia papo com o Amir Somoggi sobre as mudanças na Fifa, os novos rumos do futebol mundial e as consequências de tudo isso no Brasil. Falava da inversão de valores e da falta de perspectivas do futebol brasileiro com o atual modelo de gestão da CBF. Na contramão das Ligas mais fortes do mundo, a entidade que comanda o nosso futebol apresentou balanço de 2015 em que 57% dos gastos dela são com custos administrativos (salários dos dirigentes inclusive, aviões, helicópteros, etecetera e tal) e 17% com futebol, razão de ser de tudo.
Walter Feldman aguardava em outra linha para falar sobre as mudanças na Fifa e resolveu tentar defender o indefensável. Partiu pra cima do Somoggi dizendo que as avaliações dele são superficiais e que ele é contumaz perseguidor da CBF. Como é uma figura independente, sem rabo preso e conhecedor do que fala, Amir Somoggi reagiu com o rigor que a situação exigia e desancou este paraquedista introduzido no futebol brasileiro pelo afastado presidente da CBF Marco Polo Del Nero. Foi colocado no devido lugar dele, mesmo quando tentou levantar a voz e interromper a pancadaria que estava tomando do Somoggi. Tudo aquilo que qualquer cidadão de bem gostaria de falar aos cartolas da CBF e federações foi falado pelo Somoggi nos ouvidos do senhor Feldman: incompetência, despreparo, suspeição, politicagem, vassalagem, corrupção e por aí vai.
O senhor da CBF foi para as cordas e tentou se fazer de vítima dizendo que estava sofrendo ataques pessoais e políticos. Tomou mais uma saraivada de pancadas com argumentos sustentáveis do Somoggi, tipo: “político é o senhor, que foi levado da política partidária para a CBF e se não está acostumado e não gosta de ouvir críticas que saia deste cargo. Nunca fui, não sou e nem serei político nem candidato a nada. Estudei e me preparei para debates como este e levar ao público informações e comentários corretos”. E tudo numa fala elegante, sem perder as estribeiras.
Feldman gaguejou e jogou a toalha, recomendando que a CBN chame Rogério Caboclo, o super diretor financeiro da CBF para debater com o Somoggi.
Como diz o jornalista Fernando Rocha, de Ipatinga: “fecha o pano!”.
Ouça o debate completo neste link do portal da CBN:
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