O Cruzeiro fez 1 a 0 e se deu por satisfeito, evitando atacar e correr riscos. Mandou na maior parte do jogo, principalmente no primeiro tempo, mas foi castigado por recuar tanto. A eficiência ofensiva do América passou longe deste clássico, mas o lateral Bryan marcou mais um gol memorável e garantiu o empate. Foi uma boa partida, mas os dois times se respeitaram muito e não arriscaram demais.
Com isso o Uberlândia, com méritos, assumiu a liderança ao vencer o Guarani por 2 a 0.
Os últimos dias foram tensos no futebol mineiro. Por mais incrível que pareça uma grande parcela de atleticanos não só vaiou como quer até a cabeça do técnico Diego Aguirre, por tirar Cazares do jogo contra o equatoriano Independiente Del Vale pela Libertadores e por causa da derrota do time misto para a URT em Patos.
Sexta e sábado saiu a notícia de que o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares poderia renunciar. Um boato, cuja origem foi a ausência dele na entrega do Troféu Guará, segunda-feira passada. O motivo seriam as dificuldades financeiras do clube e a denúncia à FIFA, pelo Defensor do Uruguai, que não recebe desde setembro de 2015 as 29 parcelas de 70 mil euros (R$ 300 mil) referentes à metade dos direitos sobre o Arrascaeta. Nada a ver. A dívida existe, mas o Dr. Gilvan está é cuidando da saúde, vítima que foi da chikungunya, doença que incomoda ao país inteiro.
Vejo exagero em ambas as situações: nem o Dr. Gilvan teria motivos para renunciar e nem Aguirre poderia ter o trabalho interrompido agora. Cobrado e xingado vá lá, mas demissão, não.
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Quando há renovação nos quadros diretivos dos clubes sempre surge a esperança de que modernidade e cabeças arejadas estejam chegando junto. Mas a situação nunca muda, como vimos nesta lamentável atitude do Cruzeiro em estipular em R$ 120 o preço do ingresso para a torcida do América. O futebol brasileiro continua marcando passo com bobagens como essa.
* Essas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã no jornal O Tempo, nas bancas!
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