Da esquerda para a direita: Normandes, Marzukweski, Márcio Gugu, Zé Maria, Danival e Cláudio Mineiro; agachados: Arlen, Spencer, Campos, Pedrilho e Romeu.
Ele jogou neste time que pertence às minhas primeiras lembranças do futebol. Ponta direita veloz, habilidoso, de ótimos cruzamentos. Não tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente, mas no dia 20 de outubro do ano passado ele entrou em contato com o blog para nos ajudar a esclarecer que era o Pedrilho e não o Reinaldo, que estava nesta foto do Galo, de 1973.
Tivemos o seguinte diálogo:
__ Olá , sou o ex jogador Arlen ponta direita. nessa foto é o Pedrilho com toda certeza, pois estava la . Obrigado pela lembrança e bela matéria. Parabéns. Um grande abraço do amigo Arlen.
__ Obrigado Arlen, que marcou no futebol como um dos últimos pontas direita autênticos do nosso futebol. Jogou no Santos e no Atlético nos anos 1970. Não tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente e ontem tive o prazer de ler esta mensagem que enviou ao nosso blog.
No dia 21 outro papo nosso:
__ obrigado pela referencia novamente na coluna do amigo. grande abraço.
__ Prazer enorme Arlen. Uma honra receber suas mensagens. Pena que quando me tornei repórter você já tinha saido do Galo, mas já bati muitas palmas pra você no Mineirão. Grande abraço e estou às ordens por aqui.
Hoje cedo, tomei um susto ao abrir a caixa de mensagens e ler o que escreveu a esposa dele, Andreza:
__ Bom dia. …sou esposa do Arlen, infelizmente ele faleceu no sábado, teria como o senhor avisar alguém do Atlético ou da imprensa aí de BH? Muito obrigada pela atenção.
Se o senhor conseguir fotos da época do Atlético e puder nos mandar eu agradeceria muito; temos uma filha de 1 ano e quero muito que ela saiba o quanto o Pai foi amado. Ele tinha adoração pelo Galo.
* * *
Chorei como se o Arlen fosse um amigo presente. Que pena! Ele vivia feliz em Porto Alegre, gaúcho que era, nascido em Pelotas. Começou no interior do Rio Grande, jogou no Santos de Pelé, no Inter de Figueroa e depois no Atlético de Marzukweski, Dario, Spencer…
Arlen, recentemente, na foto principal da página dele no facebook
O portal do jornal Zero Hora fez uma bela reportagem sobre a trajetória dessa grande figura humana:
* “Morre jogador Arlen, ex-ponta direita do Inter”
Atleta lutava contra complicações provocadas por um tumor nos rins, descoberto no final do ano passado
Morreu na manhã deste sábado o ex-ponta direita Arlen Gomes, de 68 anos. Há mais de uma semana, Arlen estava hospitalizado em estado grave na UTI do Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre. Lutava contra complicações provocadas por um tumor nos rins, descoberto no final do ano passado.
O velório, (foi sábado), no Crematório Metropolitano Saint-Hilaire, capela 5, em Viamão, e a cerimônia de cremação 10h domingo.
Arlen deixa a mulher, Andreza, e os filhos Aline, 41 anos, Arlen Segundo, 35, Larissa, 22, Mariana, 14 e Manuela, de apenas um ano.
Nascido em 15 de setembro de 1949, em Pelotas, aos quatro meses a família mudou-se para Rio Grande. Atacante veloz pela direita, Arlen começou em 1966 no Riograndense, antes de se transferir para o Cruzeiro de Porto Alegre. Jogou com o goleiro Valdir de Moraes, o lateral Ortunho e o ponteiro Vieira no velho estádio da Colina Melancólica.
Por indicação do próprio Valdir de Moraes (Renner, Palmeiras e Cruzeiro-RS, como goleiro, e Palmeiras, São Paulo e Corinthians como auxiliar técnico), Arlen chegou por empréstimo ao Santos de Pelé, Carlos Alberto Torres, Pepe, Cejas, Edu e Clodoaldo. Em curto período entre 1969 e 1970, Arlen viajou pelo mundo com o deslumbrante time de Pelé, de quem se tornou amigo.
Em 1971, o Inter o contratou e o atacante viveu os primeiros anos de construção do Estádio Beira-Rio atuando ao lado de Figueroa, Claudiomiro, Dorinho, Bráulio, Tovar, Louruz, Flávio Meleca, Volmir, Pontes, Carpegiani, Escurinho e Sérgio Ferreira. Valdomiro era o titular, mas Arlen sempre conquistou oportunidades no time.
Com passagem para o Atlético-MG, em 1973, Arlen conviveu com o goleiro uruguaio da Copa de 1970, Marzukiewski, com Spencer e Romeu e com os lendários Dadá Maravilha e Reinaldo.
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