O segundo tempo do jogo foi até 49 minutos. Robinho agüentou bem até os 36 e se tivesse agüentado até o fim o Atlético poderia ter saído com a vitória de Buenos Aires. Fez uma grande partida, assim como todo o time que não se apavorou em momento algum. O Racing tentou mas não conseguiu sufocar o Galo em momento algum. Apesar da vontade dos dois times foi um jogo leal, sem a tradicional catimba argentina, à exceção de um objeto jogado no Robinho, mas sem maiores conseqüências. A arbitragem dos paraguaios Julio Quintana, auxiliado por Eduardo Cardozo e Roberto Cañete foi boa, com lances difíceis de impedimento de ambos os lados, marcados ou não, corretamente.
Antes do jogo Dátolo dizia que tinha que ser “erro zero” para sair com um bom resultado de lá e foi quase. A zaga cometeu dois únicos, numa bola cruzada à meia altura no primeiro tempo, sem interceptação, no primeiro tempo e aos 44 do segundo, quando o Vittor pode cabecear sozinho, na cara do Victor, desperdiçando a melhor chance do Racing. No mesmo lugar onde, no primeiro tempo, Junior Urso teve chance idêntica e a bola raspou o poste do goleiro Saja.
Romero foi que mais deu trabalho à defesa atleticana, mas foi Lizandro Lopes quem acertou um chutaço na trave. Lucas Pratto teve duas ótimas chances, mas a pontaria estava descalibrada. Robinho quase marcou um de cobertura, mas a bola “tirou tinta” no poste, pelo lado de fora.
Diego Aguirre fez o que deveria ter feito. Escalou o time certo, sem invenções, e só substituiu Robinho por Cazares (que entrou desligado, errando passes) porque o titular se cansou. Dátolo fez ótimo primeiro tempo, caiu no segundo e foi substituido pelo Clayton, que teve atuação discreta demais para uma partida como essa, displicente. A zaga excelente com Erazo e Leonardo Silva; os laterais foram firmes e só apoiaram na boa, sem riscos; Leandro Donizete o gigante de sempre; Rafael Carioca muito bem, assim como Junior Urso.
Victor não teve tanto trabalho mas passou a tranqüilidade que sempre passou, mostrando que as falhas em sua volta depois da contusão foram só questão de recuperar o ritmo .
O jogo da volta será no Independência e o mesmo perigo já que o Racing vai buscar o gol daquela forma tinhosa dos argentinos, se fechando bem na defesa, apostando em uma bola fruto de alguma falha alvinegra. Mas se jogar como jogou hoje o Galo seguirá na Libertadores Como disse o Christiano Jilvan, de Montes Claros, “o Racing já declarou a sua tática: cavar falta nas laterais apostar na jogada aérea”.
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