Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Atlético se inspira nos estádios que dão prejuízo para não repetir os mesmos erros

“O projeto do estádio foi encolhido, mas a localização não muda; ele será erguido no bairro Califórnia, às margens da Via Expressa”

Dois anos depois da Copa do Mundo no Brasil, os “legados” prometidos se tornaram grandes pepinos. Empreiteiras devolvendo estádios para os governos estaduais, empreiteiros presos, hotéis falindo ou sendo transformados em hospitais e por aí vai. Na reportagem do jornal O Tempo de hoje, nas mudanças feitas no projeto da casa própria do Galo, para que o clube tire o melhor proveito possível da obra.

* “Mais enxuto para ser viável”

Diretoria reduz custos do projeto do estádio para R$ 320 milhões e já tem R$ 120 milhões aportados

Fernando Almeida / Thiago Nogueira

Em busca do sonho da casa própria, o Atlético decidiu adequar a magnitude do projeto de seu estádio para uma realidade bem mais viável. Orçado inicialmente em R$ 530 milhões, os custos da obra foram baixados em 40%, fazendo com que o empreendimento se aproximasse das cifras de R$ 320 milhões.

Uma das exigências da cúpula atleticana é que o clube não tire um centavo do bolso para viabilizar o estádio, aportando os recursos através de investidores. Segundo apurou O TEMPO, os trabalhos nos bastidores têm surtido efeito, e o Galo já tem garantido cerca de R$ 120 milhões, o que representa mais de um terço do valor necessário para tocar o complexo.

O dinheiro se refere à venda dos naming rights da arena, da permissão para exploração do estacionamento por terceiro, além de uma parceria já acordada com uma empresa de bebidas e da venda de cadeiras cativas. O estádio do Galo será uma sociedade de propósito específico (SPE), formada por diferentes empresas.

O Atlético já tinha ganhado da MRV Engenharia o terreno – localizado no bairro Califórnia, região Noroeste – e o projeto do estádio, assinado pela Farkasvölgyi Arquitetura, responsável também pela segunda planta. A previsão de faturamento anual é de R$ 20 milhões.

Modificações. As mudanças no projeto já foram discutidas e validadas pela diretoria. Maquetes e projeções virtuais ainda não ficaram prontas para a divulgação – no projeto anterior, muitas imagens acabaram vazando sem o aval do clube.

A capacidade de público foi diminuída de 56 mil para 44 mil, com dois níveis de arquibancada, e não três, como antes. Assim, o projeto esboçado deixaria o ângulo maior, com os degraus mais íngremes. As vagas de estacionamento também foram reduzidas, mas poderiam ser ampliadas paulatinamente, construindo novos andares sobre o edifício-garagem, que permanece localizado ao lado do estádio.

A mudança mais significativa para baixar os custos do projeto é a exclusão do centro de convenções de 28 mil m², que funcionaria abaixo da esplanada – ele seria maior do que o Expominas, na Gameleira, hoje, o maior complexo de eventos do Estado. A própria área de estacionamento já seria um espaço suficientemente grande para ser utilizado para feiras e exposições.

Diferentemente do primeiro projeto, que já tinha sido enviado para a aprovação e a emissão de licenças pela Prefeitura de Belo Horizonte, o novo projeto ainda não é tratado burocraticamente. O Atlético não estabelece prazos para o início e nem para o fim da construção do estádio. Qualquer grande passo para a efetivação do empreendimento precisa da aprovação do conselho deliberativo, que ainda não recebeu qualquer comunicação formal sobre os estudos e os planos da diretoria.

Enquanto isso…

Presente. Sem seu próprio estádio, Galo segue tendo o Independência como primeira casa e o Mineirão como palco para partidas que demandam grande público.

Preocupação. O Atlético está atento aos problemas financeiros vividos pelos dois estádios de Belo Horizonte, reformados pelo poder público e que foram entregues à gestão da iniciativa privada.

http://www.otempo.com.br/superfc/atletico/mais-enxuto-para-ser-vi%C3%A1vel-1.1333845

 

 


» Comentar

Comentários:
22
  • Nelson Henrique disse:

    Existe estádio que dá lucro e estádio que dá prejuízo. Assim como em qualquer negócio. Dizer que nenhum estádio dá lucro é uma grande besteira. Alguns dos estádios brasileiros não são um bom parâmetro. Maracanã e Mineirão tem influência do estado e ai, já viram né! O do Corinthians nós sabemos como foi idealizado e construído pela Odebrecht. O do Grêmio tem problemas por causa da OAS, que nós também conhecemos. O do Inter e o do Palmeiras servem para comparação. O do Inter ainda não deu lucro, mas o do Palmeiras tem dado lucro. As rendas dos jogos revertem para o Palmeiras e 20% das rendas dos shows. O restante das rendas dos shows e as demais receitas são da W Torre, que bancou o empreendimento. Só para se ter uma idéia em 2015 o faturamento bruto era da ordem de 80 milhões e o lucro de 20 milhões. Quem gerenciava a Arena era a AEG Worldwide. Em agosto de 2015 ela propôs comprar o negocio da W Torre em troca de pagar as dividas da construtora, referentes a construção do estádio. Eles gerem varias arenas, estádios, centros de convenções em quatro continentes. Será que eles são malucos e gostam de perder dinheiro?
    P.s. Procurem o balanço do São Paulo Futebol Clube. Lá tem os faturamentos e despesas do Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi). Eu acho que este é um estádio. E de Futebol. Não? Vejam se deu lucro ou prejuízo. Eu pesquisei de 2005 até 2015.
    Só tinha dado lucro. Procurem ver quando deu prejuízo. Rsrsrsrsr.
    O estádio do Atlético como todo empreendimento pode dar prejuízo ou lucro, mas tudo está sendo feito para que dê lucro. E está sendo feito com calma. Nada do que foi publicado, foi por parte do Atlético. O que existe são estudos e arranjos. Pode até ser que o estádio não saia, dependendo das negociações. Mas tudo está sendo feito para ser viabilizado. Não tem nada mais do que isto.

    • Alisson Sol disse:

      Senhoras e senhores,

      Vou assumir que este senhor decidiu escrever a sério, e responder reiterando os fatos. Não existe estádio que dá lucro, em lugar algum do mundo. Alguns “escondem prejuízo”, sempre com o dinheiro do estado. Se o Atlético-MG vai conseguir construir um estádio com “recursos privados”, e mantê-lo operando com lucro, pode publicar um livro que serei o primeiro a comprar. Estranhamente, não existe tal livro sobre a “Construção de um estádio lucrativo”, em nenhum lugar do mundo. Será por que?

      Não procurem o balanço do São Paulo FC: visitem aqui. Vamos ignorar a opinião do ex-presidente do SP sobre o estádio (link). Vamos ignorar que o Morumbi é em São Paulo, onde recebe shows de U2, Bon Jovi, Beyonce, One Direction, Rolling Stones, etc., coisa que jamais vai ocorrer na roça iluminada (vide aqui a enorme lista de shows no Morumbi, e compare com BH). Vamos ignorar que no Morumbi se pode cobrar preços devido ao mercado de SP que jamais se poderá cobrar em BH, onde os atuais preços já geram reclamações da torcida que quer o “bolsa ingresso”. E vamos ignorar os estádios do Corinthians e Palmeiras, ambos dando prejuízo apesar de estarem no mercado de SP (e dizem que a arena do Corinthians ainda está no período de carência do investimento!)

      Vamos analisar exatamente o que o Sr. Nelson Henrique apontou: o balanço do clube! Vejamos, por exemplo, o balanço de 2015. Veja que a receita operacional em 2015 foi de R$22,7milhões, e inclui camarotes e cadeiras cativas, publicidade, aluguéis e “outras receitas”(R$2,8milhões). Mas veja que as despesas operacionais foram “apenas” R$15,2milhões e portanto estádio estaria dando lucro, exceto… se você considerar que as “despesas com jogos em 2015” foram de apenas R$215mil. Mas espere: a “manutenção” foi R$103mil! Então pense: ou alguém está mentindo nestes valores ou… alguém as despesas do estádio estão indo “para algum outro lugar”. Não é meio incrível que o estádio custe apenas R$103mil para manter por ano, mas “alguma outra coisa” no São Paulo FC tenha manutenção de R$200mil/ano (veja na parte de despesas “Administrativas”)? Comparem bem a seção do Estádio com a seção Administrativa: é quase um episódio do “Acredite se quiser”!

      Ninguém joga dinheiro fora (a não ser “governo”). A reforma do Morumbi foi estimada em R$408milhões. Alguém acha que um capitalista investiria tal valor para ter um potencial de “lucro” de R$7milhões/ano, e portanto “recuperar o investimento” em 60 anos? (ignoremos que se tivesse aplicado o dinheiro a 2% ao ano teria R$1,34bilhão após 60 anos!).

      Eu prefiro é lembrar o que discutimos na época da Copa (link). À época, apareceram muitos dizendo coisas como “A Copa está sendo feita com dinheiro do BNDES“, que “dinheiro do BNDES tem inadimplência mínima“, e “Alisson Sol, Concordo com as suas palavras. Mas nao acredito em recessao. Apesar da gastança exagerada, ela representa poucos porcentos do nosso Pib“. Vejam no que deu…

  • André Corrêa disse:

    Os estádios construídos para a Copa deram prejuízo porque não têm clubes de grandes torcidas por trás deles. Duvido que estádios como Beira-Rio e Itaquerão estejam dando prejuízo. Há jogos nesses lugares no máximo a cada 15 dias. As torcidas dos clubes proprietários pagam as contas; esses clubes economizam aluguéis e comissões pagas a concessionárias.

    Por outro lado, estádios que pertencem ao poder público e foram entregues a concessionárias estão se dando mal. Vejam o caso do Mineirão: o Atlético fez um bom acordo com a BWA e, apesar dos esperneios do América, usa o estádio e valorizou demais a imagem do Independência. Para jogar lá o Galo gasta muito menos do que se usasse o estádio da Pampulha, que só é acionado quando a promessa de receita é alta ou a exigência de capacidade excede a do Horto.

    Sem alternativa, engolida que foi pela esperteza da equipe do Kalil, a diretoria do Cruzeiro cedeu à exorbitância do Minas Arena e a história terminou no destino que se podia prever: nos tribunais. Isso para não falar nos elefantes brancos.

    Abrir mão desse centro de convenções no estádio do Atlético é uma boa iniciativa, afinal, BH mal tem demanda para o Expominas. Não cabem dois centros dessa natureza na cidade. Por outro lado, capacidade inferior a 50 mil pessoas não é uma boa idéia. Um programa de sócio-torcedor bem planejado, sozinho, pode ocupar pelo menos 50% dessa carga a cada partida. Os grandes jogos também caberiam nesse contexto, o que tornaria o Galo totalmente imune a qualquer imprevisto político – como o da final da Libertadores.

    Tomara que tudo isso não seja apenas falácia e especulação. Ao Atlético e à sua grande torcida faltam apenas um estádio a altura.

  • anderson h. silva disse:

    Não sei a quantas anda a vida financeira do galo, mas antes do estadio, que é sonho de todo atleticano, me pergunto como o time de maior divida do Brasil vai se virar nestes tempos bicudos em que estamos vivendo, pois o plantel do galo é um dos mais caros do brasileirão…temo que daqui a alguns anos os credores batam a porta, e tudo pode começar a ruir, vide clubes do rio…(ps- sou atleticano)

  • jose aparecido de jesus disse:

    mas uma pena mesmo a redução da capacidade do estadio…poderiam manter 55 mil lugares,como dizia meu pai…já que vai fazer; faça de uma vez pra não se arrependerem…

  • Leandro Fábricio disse:

    44 mil a capacidade???Aí vem o bombeiro, defesa civil os cambau a quatro e por “medidas de segurança” diminuem pelo menos uns 10 mil dessa capacidade aí vai ficar 33 mil ou 35 mil no máximo, será que vale a pena????
    construir estádio pra torcida do atlético com capacidade inferior a 45 mil pessoas é bobagem, não somos bananas de pijama como alguns simpatizantes de um time que veste azul calcinha aqui de MG, somos torcedores de verdade…

    • André Corrêa disse:

      Concordo, Leandro. Capacidade muito próxima do limite deixa o clube à mercê da boa (ou má) vontade alheia. Não é nada difícil que o Estado, em represália ao Mineirão às moscas, cause esse tipo de dificuldade ao Atlético.

    • Alex disse:

      ….fique tranquilo Leandro, nos jogos acima de 30 mil, vamos para o nosso salão de festas que aí já passa a dar lucro…..

  • Rodrigo Lima disse:

    Mas já estão vendendo cativas? Ou há algum tipo de reserva? Vc sabe?
    Abs

  • Julio Avila (Mariana) disse:

    espero que saia logo nosso novo estadio,pois no horto e mineirão ja estamos cansados de ganhar.

    • Alex disse:

      ……vejam bem, um desabafo cheio de inveja e tristeza de uma pessoa….inveja, um dos piores sentimentos…..ganharam uma e subiram na gilete….e o Mineirão que ele fala que está cansado de ganhar , ele nem lembra qdo nos ganhou a última vez lá….e se esquece que foi lá que nós evidenciamos para o mundo quem manda em Minas….kkkk….chora e descabela, aumente também seu rivotril, vai precisar….kkkk

  • Julio Cesar disse:

    Ta doído pros simpatizantes de Pirangi ! Ta muito, muito doído ! Não publiquem mais noticias sobre este projeto do Galo! Os especialistas (simpatizantes de Pirangi) de tudo quanto é área ( juridica, financeira, fiscal, etc…) ja fizeram aquela “analise de investimento” com calculo de taxa interna de retorno, ja fizeram a analise da curva S fisica e financeira. Com todo respeito, sei que deve ter muito especialista mesmo por aí.
    E ainda nem levamos em consideração referencia patrimonial do Galo: Diamond Mall, Sede de Lourdes, Labareda, Vila Olimpica, Cidade do Galo. Só isso ?!?!
    É muito IPTU, é muita conta de agua, de energia eletrica eletrica…
    O estadio sera mais um ! Parceria feita, o estadio retorna ao Atletico depois de anos, mesmo que sejam longos anos, como o Diamond Mall.
    Enfim, vou deixar para os especialistas !!

  • Alisson Sol disse:

    Vai ter muita inspiração: todos os estádios do mundo dão prejuízo! Eu já tive oportunidade de perguntar a pelo menos 2 bilionários (em dólar, com “bi”) se eles tinham feito algum estudo para ver se compensa construir um estádio. Ambos disseram que sim: não vale a pena.

    Para efeito de comparação: quando o Seattle Supersonics estava na pendenga para relocar ou não para Oklahoma, pediram para vários executivos da cidade colaborarem para construir uma nova arena. Os executivos vieram de volta com o seguinte: se para cada dólar que colocarmos o condado colocar um, e ainda tivermos desconto de imposto com as perda, a gente coloca U$300milhões. Evidentemente, o condado mandou os bilionários para aquele lugar. Apenas um deles, poucos anos depois tirou do bolso U$2 bilhões e comprou o time de basquete Los Angeles Clippers. Ou seja: para construir estádio, um grupo não tinha U$600 bilhões. Para comprar uma franquia de basquete, um sozinho tinha U$2 bilhões (sem falar um outro que é dono do Portland Trail; Blazers e do Seattle Seahawks, e por aí vai). Por aí se vê “o que dá dinheiro”. E estamos falando de arenas multiuso, algumas com eventos praticamente todo dia, e todas dando prejuízo…

    Que ninguém se engane: vai acabar entrando dinheiro público nisto, e temos de nos preparar para minimizar o prejuízo!

    • Marcão de Varginha disse:

      Garganta e seus tradicionais “comentários” regados à inveja, soberba, olho-gordo, mau-olhado, etc…
      – #benecyeternomito (mancha eterna)

      • Nelson Henrique disse:

        Marcão, um dos bilionários deve ser o alter ego. Em sonho é claro. KKKKkkkkkkkk

      • Alisson Sol disse:

        Psicopata masoquista! Já estava preocupado com sua saúde! Pensei que tinha pegado uma gripe ou Zika!

        Durante seu exílio, considerou a possibilidade de comentar sobre o tópico em discussão, ao invés de comentar sobre meus comentários? Ou, como é mais provável, nunca tem nada a acrescentar, e destilar inveja exige dedicação exclusiva?

    • Alex disse:

      ….o tamanho da sua inveja será o tamanho do nosso sucesso….cara, não se mete nisso, vc não tem nada com isso….engole o choro…..cada hora vc inventa uma teoria pra tentar desmerecer isso…..Keep calm, vá cuidar do seu time, se é que vc tem um….acho que vc é mais um anti-atleticano e chorão….kkkk

  • Jorge moreira disse:

    Que Deus me dê mais alguns anos de vida e saude,
    para que eu consiga ver mais este sonho realizado.
    Juizo nepomusono,com as suas contratações