Não tenho a menor dúvida de que o Cruzeiro estaria no topo da tabela deste Brasileiro caso o Mano Menezes não tivesse ido embora ano passado. Excelente treinador, sacaneado pela CBF após a perda da medalha de Ouro em Londres em 2012, cuja consequência foi o maior vexame da história da seleção brasileira, na Copa de 2014. Retrocedeu ao buscar de volta Felipão e Parreira, que pararam no tempo. O elenco que o Mano herdou ano passado era muito ruim e ele conseguiu sair da briga contra a degola para chegar em oitavo. No papel, o atual elenco me parece melhor que o de 2015. As circunstâncias em que o Mano assume são parecidas: campeonato em andamento, barco em alto mar, sem tempo pra treinar e essas coisas que todos conhecemos. Mas ele conhece bem o futebol brasileiro, o Cruzeiro e chega com moral absoluta. Diferentemente do Paulo Bento, coitado, que teve que se informar sobre tudo, principalmente a respeito dos jogadores que tinha à mão, com os próprios comandantes do futebol do clube, que até agora não deram nenhuma bola dentro.
Claro que todas essas condições favoráveis não são garantia de que o Mano vai repetir a façanha do ano passado. O futebol é dinâmico, muita gente envolvida e cada momento é diferente. Mas, em “condições naturais de temperatura e pressão”, a tendência é que dias muito melhores estão por vir para o mundo azul.
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