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Na pressão de treinadores e cartolas às arbitragens, um dos motivos da decadência do nosso futebol

Há muitos anos nenhum treinador brasileiro figura na prateleira de cima do futebol mundial. Quando estiveram lá, duraram muito pouco e queimaram o filme dos colegas, que nunca são chamados para comandar algum grande da Europa. Tomar de sete da Alemanha no Mineirão, ser eliminado na primeira fase da Copa América, contra Peru, Equador e Haiti, não chegar nem perto do título das três últimas Copas gera consequências. As causas são várias, por exemplo: a pressão sobre as arbitragens. Dorival Junior reconheceu os méritos do América, mas reclamou e pressionou muito a arbitragem. Tanto que logo depois do gol americano foi marcado um impedimento do Vitor Rangel que não existiu. Por essas e outras o futebol brasileiro está decadente. Treinadores e dirigentes querem ganhar a qualquer custo e toda pressão sobre as arbitragens faz parte da “tática”. A qualidade do que é apresentado dentro de campo fica em segundo plano. A CBF cheia de incompetentes e seus cartolas só pensam em ganhar dinheiro e se segurar no poder. Uma grande parte da imprensa se omite nas discussões de temas fundamentais como este e outros, por excesso de amizade ou interesses comerciais. Paulo Roberto Falcão, por exemplo: foi um grande jogador, muito bom comentarista e sempre muito educado com todos. Enquanto o time dele perdia em casa, de 1 a 0, para o Fluminense, ele quis pressionar e fui expulso. Treinador não é a praia dele, como está demonstrando novamente no Inter. Mas, conta com uma boa vontade da maioria da imprensa, que treinador nenhum do país conta.


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Comentários:
5
  • Alex Souza disse:

    Olá Chico Maia, uma safadeza a não marcação de penal para o Cruzeiro contra o Corinthians. Um lance claro e uma jogada bem parecida com o penal feito pelo mesmo Cássio no Dodô, do Figueirense. O comentarista corinthiano Willian, na cara de madeira, disse que o Ábila ralou o joelho na queda e não por causa da chuteira do Cássio.

  • Antonio CATÃO Jr. disse:

    Isso me lembra um “causo” que o Sargento Tosta me contou (O ex – árbitro Carlos Henrique Tosta): certa ocasião, salvo engano, era a estréia dele como árbitro na Série “A”. Na véspera do jogo, como de praxe acontece, há reunião dos árbitros que irão atuar na partida e às vezes há alguma orientação do diretor de arbitragens da CBF. Nessa reunião prévia, o Ivens Mendes, diretor da CONAF à época, deixou um recado para o Tosta: “OOh Tosta, lembra que você estará apitando jogo do Corinthians, viu irmão?”…

  • Carlos Brito disse:

    A arbitragem não erra Chico Maia, ela obedece a cartilha dos donos do jogo.
    Subliminarmente, a lei do Gérson conseguiu impor na cabeça do torcedor que o “leve vantagem você também” não era para ser discutida e o resultado de 1977, 1980 e 1981 ninguém discutiu e aceitou calado, por já ter sido assimiladas pela repetição feito bate estaca na cabeça do homem sentado em frente a TV.
    “A regra é clara” do Arnaldo já pegou um torcedor acostumado a “levar vantagem” e a década de 90 com a Trafic, Parmalat, profexo, Filipão, e plim…plim… não é Arnaldo? 🙁
    Tudo isso mostra que 7×1 dentro da própria casa não é vergonha, uai! 🙁
    Depois de toda adaptação na cabeça do torcedor, sempre usando o futebol como desviador de foco, a pilhagem disfarçada de golpe já entrou, moço! 🙁
    Sim!
    Eles na PIG já cantam a pedra: o Flamengo vai brigar pelo título e até o Wright já foi convocado, rapaz! 🙁
    Ainda quer discutir sobre futebol? 🙁

  • Leandro Fábricio disse:

    O maior erro dos dirigentes é achar que porque o cara foi um craque dentro de campo como jogador de futebol que ele irá ser o mesmo como treinador, ledo engano… falcão nunca foi treinador de futebol, enganaram ele e ele engana os dirigentes, falcão é horrível…

    agora é muito engraçado treinadores de clubes paulistas exercerem pressão sobre as arbitragens, não sei porque eles fazem esse esforço já que as arbitragens na duvida tudo é prol paulistas… estão tão acostumados a terem ajudinha extra da juizada que quando aparece um juiz que apita algum jogo deles corretamente e com coerencia eles acham absurdo e se dizem prejudicados….

  • Alex Souza disse:

    Olá Chico Maia, a arbitragem brasileira erra demais; é difícil uma rodada passar sem que algo grave acontece e interfira em resultados. Quando o tema aparece nas discussões logo vem alguém dizer que se trata de “teoria conspiratória” ou que “os árbitros são honestos”. Isto parece mesmo uma tentativa de abafar o assunto.
    Aquela história com os árbitros Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon (Máfia do Apito e das Apostas), em 2005, só veio confirmar a quantidade de coisas enroladas no futebol que ficaram sem esclarecimento em épocas diversas.
    Aqui em Minas Gerais muita coisa foi para debaixo do tapete em nome do “folclore”.
    Tenho, em arquivo digital, a reportagem da Placar 175, de 1973, em que três árbitros falaram do que fizeram e pensavam da arbitragem nos jogos do “time do coração”. Nada foi apurado.
    Recentemente foi agregada à lista do “folclore” a fala do dirigente que contou “imaginou” que teria comprado um árbitro. Nada foi apurado.
    Há muita coisa que, por falta de produção de provas, ficou no esquecimento. Poderíamos fazer extensa lista de casos aqui do nosso Estado que foram parar na lista do “folclore”, contudo, por prudência e falta de dinheiro para pagar advogado e até indenização é melhor nem mencionar nomes.
    No futebol brasileiro rivalidade irracional, o fingir-se vítima e o descaramento é refletida em bordões que são repetidos à exaustão: “queremos ganhar de vocês com gol roubado”; “põe no dvd”; “chororô”; “isto é mi-mi-mi”; “fulano comprou o resultado”; “o choro é livre”; “somos o time mais roubado da história”; “apito amigo”; “não vão deixar a gente ficar na liderança e ser campeão”…
    Como tudo vira gozação e depois esquecimento ninguém se interessa por apuração séria dos assuntos, como esta que trancafiou dirigentes da FIFA. Aliás, se a rolo na FIFA por que será muito considerar que há rolo no futebol brasileiro?
    Será que as questões de bastidores da arbitragem nacional suportam uma investigação séria? É uma pergunta que vai ficar sem resposta. Como disse determinado árbitro folclórico: “há coisas que você vê e há outras que não”.
    Passar a limpo o futebol brasileiro é uma necessidade; mas, que deseja isto? Os árbitros, que resistem a qualquer iniciativa tendente a lhes cobrar pelos erros? As torcidas, que só querem a devassa no time dos adversários? A mídia, que costuma adotar seus queridinhos e comentar brigando com a realidade e os fatos? Os patrocinadores, que brigam por seus interesses conforme o clube que patrocinam? Dirigentes de clubes e treinadores sabem que algo sério nunca vai acontecer e, assim, podem e vão continuar a pressionar à vontade.