Juca da Floresta disse:

America ficou com menos de R$100mil líquidos, se os nove presidentes do mequinha tivessem resolvido levar o jogo para o mineirão o lanterna da série “A” ficaria com mais de R$2milhões – numa crise dessas. Resultado perderam grana e 3 pontos.

Alex Souza disse:

Estádio Independência – Belo Horizonte/MG – 0821:00Set2016 – Quinta
América 0 x 0 Cruzeiro – 23ª Rodada do Campeonato Brasileiro 2016

19,7 % X 39,4 %: Um jogo entre dois times desesperados no Horto. 15 derrotas, 4 empates e 3 vitórias é o desempenho do América, que figura na última colocação na pontuação e há 13 pontos do Cruzeiro, último time fora da zona da degola, cuja campanha totaliza 10 derrotas, 5 empates e 7 vitórias. Na prática, a partir do Coritiba, 12 colocado na tabela com 29 pontos, o foco de todo os times é tentar fugir do rebaixamento. No 1º turno as equipes de Cruzeiro e América fizeram um jogo fraco no Mineirão, que terminou 1 a 1, com muitos passes errados e faltas cometidas pelas duas equipes, além de muita catimba do América, que saiu em vantagem e procurou retardar demasiadamente o andamento da partida na tentativa de segurar o resultado, sem sucesso.

CAUTELA: América e Cruzeiro, sem espaços para erros, começaram cautelosos. O Cruzeiro mantendo a posse de bola e buscando espaços; o América retraído, congestionando os jogadores na intermediária defensiva. A rigor pouco aconteceu de bom nos primeiros 15’; pelo menos no início uma partida muito parecida com o jogo do 1º turno: passes errados, chutões e lançamentos longos para os atacantes se virarem.

FALHA AMERICANA: Aos 20’ o Cruzeiro pressionou a defesa americana com Henrique e De Arrascaeta; Sueliton deu um passe errado e Ábila dividiu a jogada com Diego. De Arrascaeta pegou a sobra e, com calma, limpou os marcadores e fez 1 a 0; João Ricardo ainda saiu para tentar abafar o lance, mas sem sucesso.

OPÇÕES DE JOGO: A escolha de Mano Menezes para o lugar de Sobis, suspenso, não funcionou bem no 1º tempo. Rafinha foi pouco efetivo na criação e correu muito de forma desordenada. Organizar jogadas e tabelar com os companheiros não parece ser a praia dele; tá mais para aquele puxador de contra-ataque no 2º tempo, quando o time já está em vantagem. Por sua vez, De Arrascaeta assumiu a responsabilidade de armar o time e, além do gol, participou das principais jogadas do time. Ofensivamente o América se restringiu, no 1º tempo, a um chute de fora da área, dado por Osman, com a bola saindo à direita do gol de Rafael, sem perigo; muita dificuldade americana com a bola nos pés, perda das divididas e nervosismo, sobretudo depois do gol do Cruzeiro.

PRESSÃO AZUL: O América voltou para o 2º tempo com duas substituições, uma no meio-campo e outra no ataque, na tentativa de produzir alguma jogada ofensiva. Mas o Cruzeiro continuou mandando no jogo. A 10’ Ábila recebeu uma bola na área, com Suétiton e um defensor americano cometeu penal, ignorado por Benevenuto. A 11’ De Arrascaeta saiu em velocidade pela esquerda e deu ótimo passe a Ábila; o centroavante concluiu de primeira e perdeu grande chance; a 13 foi a vez de De Arrascaeta receber um passe, pegando a defesa americana em linha, e entrar sozinho na área; ele limpou João Ricardo mas escorregou na hora de concluir e o zagueiro cortou a jogada quase sobre a linha do gol.

CONSOLIDANDO A VITÓRIA: A 24’ Álisson, que havia entrado no lugar de Robinho (fazia partida apagada), ganhou uma jogada pelo alto da defesa americana; De Arrascaeta apanhou a sobra e passou de volta a Álisson e este deu o passe para a finalização de Ábila; livre na pequena área o atacante argentino tocou para o fundo do gol de João Ricardo, fazendo 2 a 0 Cruzeiro. O América só apareceria no ataque a 30’, com Osman chutando para fora; neste lance Manoel se contundiu e foi substituído por Léo. A 37’ lançamento para Ábila; ele ganhou da defesa americana, contudo, o chute saiu fraco.

VOSSA “RUINDEZA”: Os árbitros do Estado vivem enchendo o saco e alegando que não são prestigiados pelos times daqui, contudo, com 1’ de jogo, um dos auxiliares fez bobagem e assinalou um impedimento inexistente, quando Ábila, em posição legal, foi acionado por Ariel Cabral e tinha chance de abrir o placar para o Cruzeiro. Aos 15’ Danilo, na frente do árbitro, entrou solando Henrique numa dividida e o árbitro aliviou, não mostrando o cartão amarelo. A 25’ Benevenuto fez questão de parar a partida para discutir com Mano Menezes; além de ruim de apito a turma é autoritária. Só falta exigir ser chamado de “Santidade”; a 26’ Osman dividiu uma jogada com Manoel, com ambos entrando de sola; o americano acertou levemente o tornozelo de Manoel e o árbitro marcou contra o Cruzeiro. Só dava arbitragem e a 29’ Sueliton fez falta por trás em Ábila; esbravejou e nenhuma medida do fraco Benevenuto. No fim da 1ª etapa assinalou uma falta inexistente de Ábila em Sueliton e, como o cruzeirense de irritou, exibiu um cartão amarelo. A lambança continuou no 2º tempo; a 6’ Jonas fez falta proposital, sem bola, em Rafinha, quando o Cruzeiro saia para um contra-ataque (a imagem é nítida e ele passou o pé para dar uma rasteira no jogador); de forma inaceitável o árbitro deu cartão amarelo quando deveria ter expulsado o americano por agressão.

RESUMO DA PARTIDA: Vitória tranquila do Cruzeiro, que teve grande volume de jogo, fez 2 a 0, subjugou o América. As chances desperdiçadas comprovam que o placar poderia ter sido muito maior, já que o América tomou poucas iniciativas ofensivas (quando o fez foi de forma desordenada) e ficou na roda. De Arrascaeta jogou muito. O destaque negativo ficou por conta da fraca arbitragem de Benevenuto.

América: João Ricardo, Alison, Sueliton e Danilo; Diego Lopes (Ernandes), Juninho, Claudinei (Sávio) e Pablo; Michael (Nixon) e Osman – Técnico: Enderson Moreira
Cruzeiro: Rafael, Lucas, Bruno Rodrigo, Manoel e Edimar; Henrique; Ariel Cabral (Lucas Romero), Robinho (Alisson), Rafinha e De Arrascaeta; Ábila – Técnico: Mano Menezes
Arbitragem: Igor Junio Benevenuto (MG) auxiliado por Pablo Almeida da Costa (MG) e Celso Luiz da Silva (MG)
Cartões amarelos: (Cru) Ábila e Bruno Rodrigo; (Ame) Jonas
Gols: (Cru) De Arrascaeta, a 20’ 1ºT e Ábila, a 24’ 2ºT
Público/Renda: Não divulgados.