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Treinador faz diferença, e o filho do Jairzinho vai confirmado esta verdade à frente do Botafogo

Sou desses que valoriza o trabalho dos treinadores de futebol. Tenho comigo que eles fazem diferença sim, para melhor e para pior. Mano Menezes fez diferença quando assumiu o Cruzeiro ano passado e novamente este ano. Quando Ricardo Gomes largou o Botafogo e assumiu o São Paulo, o time carioca lutava feio contra o rebaixamento. Sem dinheiro, os dirigentes alvinegros optaram pelo auxiliar permanente, Jair Ventura, para a vaga. Até então, para a imprensa nacional, ele era conhecido apenas por ser filho do ex-ponta direita Jairzinho, o “Furacão” da Copa de 1970. Mas os colegas do Rio conheciam bem o Jair. Antes da estreia dele no comando, contra o São Paulo, Arthur Dapieve e Paulo César Vasconcelos disseram no Redação Sportv que a aposta era a melhor que o Botafogo estava fazendo. Acertaram na mosca! Com a vitória sobre o Cruzeiro foram cinco em seis jogos sob comando dele, que surge como a maior novidade entre todos os treinadores neste Brasileiro. E foram vitórias sobre adversários de respeito: 2 a 1 no Morumbi sobre o São Paulo do ex-chefe Ricardo Gomes; 3 a 0 no Sport, no Rio; 1 a 0 no clássico contra o Fluminense e 2 a 1 sobre o Grêmio, também no Rio. Derrota para o Atlético-PR, 1 a 0 e nenhum empate.


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Comentários:
7
  • José Eduardo Barata disse:

    Me atrevo a dar um “pitaco” no comentário
    do André , se ele me permitir .
    Havia um técnico , se não me engano era o
    Zezinho Miguel , que no vestiário , ainda no
    aquecimento , perguntava pros atacantes
    quem se sentia bem naquele dia , com fome
    de bola , confiante .
    Naquele que assumia o fato o técnico pedia a
    todo o grupo para concentrar as jogadas .
    Não tinha erro : o resultado era o melhor que
    se podia esperar.

  • André Corrêa disse:

    Há muito tempo treinador deixou de ser o cara que ensina a jogar e distribui camisas. O sujeito hoje tem que ser um administrador de grupos.

    Saber lidar com gente é muito mais importante que conhecer futebol.

    Em 2009 o Flamengo foi campeão brasileiro com Andrade no comando. O que fez o Andrade depois daquilo? Nada! Naquela oportunidade o grupo é que decidiu se unir e trabalhar em favor de uma conquista. Neste ano eles continuam sem treinador, mas têm um time igualmente unido e com foco em um propósito. São candidatos ao título em um grupo sem estrelas, mas com muita disposição pra correr e jogar bola.

    Por outro lado, Vanderlei Luxemburgo foi colocado pra fora de Atlético e Cruzeiro pelos próprios jogadores. Dorival Júnior também provou desse remédio no Galo e, recentemente, Paulo Bento tomou umas doses desse remédio também.

    Pode saber tudo de bola, mas se não tiver habilidade para definir o perfil com que se quer trabalhar, unir um grupo e domar eventuais vaidades, já era. Vai perder mesmo se tiver muita qualidade técnica à disposição e a melhor estratégia.

    Cuca no Atlético nunca pegou demais no pé de Ronaldinho, Jô, Tardelli e cia. pelas farras. Ganhou a Libertadores, mas detonou o ambiente em dezembro de 2013 quando não soube conduzir sua saída do Atlético. Resultado: perdeu o Mundial. Levir Culpi, com todos os seus problemas, assumiu todos os riscos ao abolir concentração para jogos em BH. Arriscou e acertou: ganhou Mineiro, Copa do Brasil e foi vice-campeão brasileiro.

    Se os novos candidatos a treinadores enfiarem esses conceitos em suas cabeças, terão alguma chance. Precisam estudar; aprender a definir um perfil com o qual desejam trabalhar, formar grupos e trabalhar orientados a resultados, conquistando autoridade pelo respeito e mobilização da equipe.

    Se fizer isso, pode entregar os atletas aos auxiliares que eles se encarregarão de cuidar das partes física e técnica dos atletas. Isso ficou secundário para o treinador.

    É a minha opinião.

    • Alisson Sol disse:

      Concordo com a frase “Saber lidar com gente é muito mais importante que conhecer futebol.”.
      Só não acho é que isto, como alguns querem interpretar, tem de ser “Saber lidar com gente” representa 100%, enquanto “conhecer futebol” seria 0%.

      Eu tenho pavor de técnicos “gente boa”, como o Joel Santana. Bom de papo, bom de entrevista, bom de preleção. Péssimo em contratações e formação do time. De vez em quando, pega alguns times “prontos”, motiva no final de campeonatos e fica com o título em situações em que o técnico que saiu merecia mais crédito. Já no extremo oposto, ninguém precisa viver emburrado como o Dunga…

      Uma coisa que ainda quero ver no futebol: mais de um técnico. A Islândia fez isto na EuroCopa.

      Para mim, o Levir Culpi é o melhor técnico brasileiro até o time entrar em campo. Mas tem uma leitura de jogo ruim. Já o Vandelei Luxemburgo me parece o melhor em leitura do jogo. Mas chega a ser má influência fora de campo. Combinar técnicos de defesa e ataque, ou de preparação e “jogo” seria uma opção interessante, que algum time ainda vai tentar.

    • José Eduardo Barata disse:

      E uma ótima opinião .
      Põe no “chinelo” as teorias dos Belletis , Farias e
      assemelhados .
      Gostaria de ler mais comentários assim.
      Reais . De verdadeiros boleiros .
      De gente que conhece .

  • Stefano Venuto disse:

    Eu venho falando, agora é São Paulo fora, Galo em casa (clássico) e Flamengo fora, a zona de rebaixamento é questão de tempo. É aquela coisa, correr atrás no segundo turno é complicado, todo mundo já se definiu sobre seus objetivos e mesmo os pequenos já sabem o que querem. Hoje faltou ao cruzeiro conhecer suas limitações, é um time ruim, tem que jogar dessa forma, quando inventam se dão mal.

  • J.B.CRUZ disse:

    O filho do Furacão leva jeito para técnico..
    No futebol de hoje, tem muito advinhão..São os pais da matéria..Se o time ganha, gritam logo: num falei !!! Se perde, foi o técnico que errou na escalação..
    E vida que segue..
    A fila anda,,,,,,

  • Marcos disse:

    Time que perde em casa não pode disputar a série A do Brasileirão.
    O Cruzeiro até que tem um time razoável mas o fator Mineirão poderá causar seu rebaixamento.