Márcio Amorim disse:

Caro Chico Maia!
Muitas vezes a gente pensa como qualquer torcedor e incorre em erros, ao sabor da paixão. Uma hora a gente vê que torcedor, mais pela paixão pela bola do que pelo clube, entende coisas que “diretores” veem, mas insistem em não enxergar. Há sempre algo esquisito por trás de tudo.

Felizmente, ontem, qualquer possibilidade de erro da parte da torcida do América desapareceu.

O que vimos pedindo ao longo do campeonato:
– ingressos compatíveis com o espetáculo pobre;
– valorização da base.

Vi um vídeo em que o Alencar reclama da torcida no primeiro jogo com o Fluminense. Fala de campo vazio e desestimulo aos jogadores.
Gostaria de lembrar a este senhor que o jogo contra o Fluminense era jogo de festa, de comemorar com a torcida a volta à série A e o título mineiro. Era a hora de encher o campo com uma promoção de ingressos baratos. O adversário era da prateleira de cima e, além do mais, o único freguês de fato que o América tem/tinha na série A.

Veio uma derrota e a certeza de que o time era ridículo. Ah, ia-me esquecendo do preço: 120,000.
No segundo jogo, fora de casa, uma nova derrota e um futebol medíocre. Já na segunda rodada, na zona. De lá para cá, foi o que se viu.

Quanto à base, ontem vimos o zagueiro Messias perfeito. Alto, forte, técnico. Antes já tínhamos visto o Roger. O que aconteceu com eles durante TODO o campeonato, com TODOS os técnicos? Amargavam banco de reservas, nada menos do que de Adalberto, Sueliton, Artur, Alisson. Todos eles afastados do plantel ou do clube por insuficiência técnica. Os dois primeiros entregaram a maioria dos pontos que o América perdeu, com jogadas bisonhas, assustadoras para o nível da Série A.

Ontem a diretoria surtou e pôs preço compatível com a colocação da equipe. Foram 5.014 torcedores que viram os atletas colocando o coração nos pés para vencer o poderoso São Paulo. E a base em campo.

Os três últimos jogos, em pleno mês de outubro, o América venceu e tinha em média 5/6 jogadores da base em campo.

Hoje, quando se fala em valorizar a base, a esta altura do ano, chega-se à seguinte conclusão: torcedor, de qualquer clube, entende muito mais do que “certos diretores”. E que eles se calem quando pensarem em criticar torcida!