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Os presidentes dos clubes brasileiros deveriam ser remunerados?

Presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva – Leco, que coordena a reforma estatutária do clube

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Uma boa discussão, e eu gostaria da opinião das senhoras e senhores do blog. O futebol movimenta tanta grana que exige mais compromisso e transparência por parte de quem o comanda. E também dedicação quase que exclusiva dos principais dirigentes.

Contabilista dos mais competentes, o conterrâneo Renato Paiva levantou este tema dia desses em meio a uns “chás com torradas” em Fazenda Velha (entre Capim Branco e Sete Lagoas), na venda do Marquinho e Edna: “deveriam ser remunerados e cobrados como se cobra dos executivos das grandes empresas”.

Ficou a dúvida se bastariam apenas alterações nos estatutos dos clubes através dos conselhos deliberativos, já que o Código Civil brasileiro impedia esta remuneração.

Agora há pouco recebi e-mail do Renato que acrescenta a esta discussão.

* “Chico,

Pesquisei sobre o assunto e houve mudanças recentes (2013 e 2015) na legislação que passaram a permitir a remuneração de dirigentes.

Veja matéria sobre o tema: http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/giro-sustentavel/as-novas-regras-sobre-remuneracao-de-dirigentes-de-entidades-sociais/

Inclusive, o São Paulo FC está aprovando novo estatuto que já prevê a remuneração de presidente e demais diretores estatutários.

Veja: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2016/10/saiba-10-mudancas-importantes-do-projeto-de-novo-estatuto-do-sao-paulo.html

http://www.saopaulofc.net/noticias/noticias/sao-paulo-fc/2016/11/11/conheca-o-texto-final-do-novo-estatuto-social-do-sao-paulo,-que-segue-para-aprovacao/

Penso que seria um passo fundamental para o Atlético e demais clubes grandes do Brasil, todos eles “associações sem fins lucrativos”, reformar os estatutos, autorizando a remuneração de seus dirigentes, em especial do presidente. Isso permitiria a dedicação integral dos presidentes e uma maior cobrança por parte de sócios, torcedores, imprensa…”

Um abraço,

Renato Paiva


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Comentários:
5
  • Tonho ( Mineiro ) disse:

    Sou uma ” metamorfose ambulante ” e depois de ler o que Raws escreveu , vou mudar de opinião, acho que um presidente torcedor, com a indicação de um diretor remunerado seria o ideal, porem nao precisa ir muito longe pra ver que e o que acontece hoje, nos tínhamos o Kalil torcedor presidente e o Maluf diretor remunerado, so que era uma ditadura aos modes Kalil o diretor remunerado faz o que o torcedor manda, Kalil nao delegava poderes, pra que pagar diretor então rbrsrssrsr ta difícil chegar numa acordo ate com minhas opiniões, acho que vou voltar a optar pelo presidente remunerado.

  • Raws disse:

    Eu sempre achei que o presidente teria de ter remuneração, porém não acredito que eles já não à tenham por vias “indiretas”. Para não ser hipócrita, também não acho um absurdo, pois o sujeito trabalha pelo clube, é achincalhado é as vezes até ameaçado. Lógico que deveria ser formal, mas como o estatuto não permite, dá-se um “jeitinho”. Agora, pensar que um salário resolve o problema do “por fora”, é inocência, pois quando o DNA é contaminado não tem jeito. No meu modo de ver, o Conselho elegeria um presidente torcedor e esse sim escolheria um “primeiro ministro” executivo e bem remunerado. Trabalhou mal? Rua.

  • Tonho ( Mineiro ) disse:

    Sem duvida , remunerado r responsabilizado pelos atos !!! so uma duvida, no caso de times que são pequenos e tem 10 presidentes, todos os 10 seriam remunerados ??

  • Raul Otávio da Silva Pereira disse:

    Discordo. Pelos mesmos motivos citados pelo colega Silvio T.

  • Silvio T disse:

    Sou totalmente a favor da remuneração do presidente. Senão fica uma porta aberta para que levem o seu por vias indiretas: nas negociações que envolvem o clube( direitos de transmissão, patrocinadores do uniforme e estádios, fornecedores e, claro, as nego iações milionárias de atletas que rendem tantas transações que ninguém consegue e plicar com alguma lógica. O presidente sendo bem remunerado como acontece em qualquer empresa terá segurança, transparência e estímulo para trabalhar bem e honestamente.