gor Assunção @Igortep twittou:
“O @depalencar cumpriu a promessa e pagou o almoço da equipe do @98FC. Tá certo q foi um malmitex, mas pagou. Hahahaa”
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Aproveito este post para homenagear a essa turma da 98FM que conquistou importante fatia do público mineiro e brasileiro com o seu jornalismo diferente, muitíssimo bem humorado, que consegue tratar com seriedade todos os assuntos do dia a dia, principalmente do futebol. Também ao Alencar da Silveira Junior, um dos alvos preferidos das zoações deles, que, entretanto, age de forma totalmente diferente da maioria dos dirigentes de futebol e políticos, que ameaçam e ou processam jornalistas por questões menores. No Brasil, até árbitro de futebol usa de prerrogativas escusas para processar, condenar e tomar dinheiro de profissionais da imprensa.
Alencar foi ao estúdio, ouviu as imitações que fazem dele, zoou também e o clima foi o melhor possível, no ar e fora, agradando os ouvintes e mantendo o respeito mútuo que deve marcar essas relações imprensa/figuras públicas.
Vale também uma reflexão importante sobre os limites da liberdade de expressão. Muita gente defende a censura em suas diversas formas. Pouco tempo atrás, políticos de vários partidos, tentaram criar mecanismos legais para amordaçar a mídia através de um tal “controle social dos meios de comunicação”. Felizmente a ideia foi barrada, principalmente pela dura ação da então presidente Dilma Roussef, que peitou a todos, inclusive os principais mentores dessa mordaça. Alguns estão até na cadeia, por outros motivos.
Disse a então presidente em meados do primeiro governo dela: ‘Prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio da ditadura’.
Profissionais da imprensa e veículos de comunicação são vigiados pelo público permanentemente e a maior punição é a mudança de canal, sintonia e a não leitura do jornal, site, blog, revista e por aí vai. Quem perde a confiança do leitor/ouvinte/telespectador, perde público, audiência e por consequência anúncios. Essa é a pior punição, mas há a da justiça, que também ferra e muito a jornalistas e veículos, que muita gente pensa estar acima das leis.
Vejam, por exemplo, estes dois casos, noticiados pela Folha de S. Paulo, semana passada:
* “Juiz condena Reinaldo Azevedo a indenizar Laerte”
O juiz Sang Duk Kim, da 7ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, condenou o jornalista Reinaldo Azevedo ao pagamento de R$ 100 mil à cartunista Laerte como indenização por danos morais. Cabe recurso.
Laerte entrou com ação contra Azevedo pela publicação de um texto, em 24 de agosto de 2015, em seu blog no site da revista “Veja”, que foi posteriormente lido por ele na rádio Jovem Pan. O jornalista chama a cartunista de “fraude moral”, “baranga moral”, “fraude de gênero” e “fraude lógica”.
Segundo Laerte, houve ofensa a sua honra e dignidade. O texto foi resposta a uma charge publicada na Folha em que Laerte criticava manifestantes pró-impeachment de Dilma Rousseff.
Em defesa, Azevedo, colunista da Folha, disse que a crítica é consonante com “seu estilo jornalístico característico, sem nenhum abuso ou ofensa em relação à autora”.
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“U2 é condenado a indenizar produtor brasileiro em R$ 6 milhões”
Bono e Larry Mullen, vocalista e baterista do U2, foram condenados, em segunda instância, a indenizar o produtor brasileiro Franco Bruni em cerca de R$ 6 milhões por danos morais e materiais. Ainda cabe recurso.
A decisão é do desembargador Joel Figueira Júnior, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina -Bruni deu entrada na ação em Balneário Camboriú.
O produtor acusa os músicos de tê-lo difamado em entrevista ao jornal “O Globo”, em 2000, na qual afirmaram que Bruni não havia pago cachê de três shows em 1998, em São Paulo e no Rio.
As declarações foram feitas dois anos após a turnê PopMart, quando o U2 voltou ao Brasil para gravar um videoclipe nas ruas do Rio.
Na época, o diário carioca publicou entrevista com Larry Mullen e Bono. “Ele [Bruni] não pagou muitos profissionais, inclusive nós. Fomos embora sem receber boa parte do cachê”, afirmou o baterista ao jornal. Bono também criticou a produção dos shows.
Três dias depois das declarações, a então produtora da banda, Shila Roche, deu nova entrevista se desculpando. “Larry se equivocou, estava se referindo ao não pagamento dos direitos autorais do grupo. O cachê foi pago.”
Na ação, Bruni argumenta que enfrentou “profundos transtornos de ordem psicológica”, tendo sido diagnosticado com “estresse pós-traumático com desdobramentos para transtorno depressivo”, necessitando de tratamento psicoterapêutico.
O jornal, também réu na ação, não foi condenado. Segundo a decisão, o “jornalista limitou-se à narração objetiva dos fatos, meramente reproduzindo a opinião dos entrevistados”. Nem Bruni nem representantes da banda foram encontrados para comentar.
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