Rizzelli disse:

Concordo com a maioria das opiniões aqui. Contudo, se me permitem a crítica, e toda crítica visa ao aperfeiçoamento de alguma coisa, gostaria de chamar a atenção para alguns pontos. Fui telespectador assíduo do programa e tenho alguma experiência. Em alguns momentos, na minha análise, principalmente de 2015 em diante, o apresentador andou passando do limite nas críticas a alguns dos comentaristas presentes. No início, o programa contava com a participação de Junior Brasil, um dos melhores comentaristas do jornalismo esportivo nacional, na minha apreciação. O apresentador, vez ou outra, exagerava na crítica ao colega, talvez por entusiasmo, talvez por inexperiência como apresentador. Sentia-se certo constrangimento no ar, ocasionalmente. O programa perdeu Júnior Brasil, cujos comentários eram mais racionais que os do apresentador. Chegou depois o Edu Panzi. Iniciante na carreira, mas já demonstrando um futuro promissor. Os exageros do apresentador ainda continuaram, aqui e ali. Até certo ponto, dava para ver que a direção do programa poderia estar se encaminhado para o perfil do do debate acirrado, mas o apresentador acabou tornando Edu Panzi uma espécie de vilão, dando-lhe apelidos inoportunos. Em parte, podia ser uma técnica de direção para proteger o programa e a produção dos comentários mais ácidos e francos em relação à corrupção do futebol. Estratégia da TV. Porém, o exagero também continuou criando um certo constrangimento no ar. Outro equívoco, a meu ver, foi a redução, proposital ou não, da participação de Dimara nos comentários, no ano passado. Ela é uma jornalista experiente e seus comentários sempre foram sensatos. Desagradava aos torcedores de um time ou outro, mas eram imparciais. Um último desencontro, por assim dizer, foi a visível diferença no tratamento entre os clubes Cruzeiro e Atlético, dada pelo apresentador, tanto no programa quanto nas chamadas do Jogo Aberto, o que permitiu descobrir qual era o seu clube de preferência. Quanto a esse ponto, a direção tinha duas saídas: ou trabalha no modelo apresentador-torcedor, perfil seguido pela Bancada do Alterosa Esporte e pelo Jogo Aberto, ou trabalhava no modelo apresentador neutro, muito usado pela Globo e seus canais fechados. Ao que tudo indica, como conclusão que arrisco, o exagero e, talvez, a inexperiência do apresentador a partir de certo ponto entediaram, ou até desagradaram, o telespectador e a audiência do programa deu início a uma queda de audiência iprigressiva e irrecuperável durante o ano de 2016. O apresentador é espirituoso carismático, e esse é o seu ponto forte. O problema é somente o carisma não segura a audiência de um programa nos padrões atuais da TV. Era um recurso bastante utilizado e de sucesso no modelo de TV seguido nos anos 70 e 80, mas atualmente, com a concorrência da TV fechada e da web, é um modelo considerado ultrapassado como único fator de audiência.

Alviney Andrade Pissarra disse:

Lamentável, Chico! Único programa de esportes mineiro que eu gostava de ver ou gravar pra ver à noite… Os outros são ridículos ou completamente sem sal. É claro que às vezes o pessoal exagerava nas discussões, 3 falando ao mesmo tempo, mas faz parte. Também acontece na Band SP! Uma pena, mesmo! Me fez lembrar de uma rádio FM Light que tivemos aqui em Valadares, por pouco tempo, até ser vendida para um grupo evangélico. Culturalmente a gente só vem perdendo, ano após ano! Ah, também era telespectador assíduo do Minas Esportes, com Flávio Anselmo, você, Flávio Carvalho, José Lino Souza Barros, a Dimara de Oliveira e uma outra repórter lindinha (cujo nome me fugiu) que esteve na Band SP e hoje está no Sportv. Bons tempos!