Ao invés de dar maior destaque ao bom futebol do Cruzeiro no clássico contra o Atlético, os companheiros da ESPN mostraram os lances que motivaram a choradeira do técnico Mano Menezes contra a arbitragem. E não lhe deram razão. Mano está exagerando em suas reclamações, não é de hoje.
Marcelo Barreto, do Sportv, escreveu na coluna dele, ontem, no O Globo, sobre a advocacia em causa própria que predomina no futebol brasileiro. Essas entrevistas do técnico cruzeirense se enquadram no trecho em que o Barreto diz:
“…O futebol justifica qualquer pensamento torto, desde que sirva para garantir os três pontos, evitar uma suspensão, provar que o pênalti ou o impedimento a meu favor foram bem marcados, e contra mim, um roubo…”
Esta frase também serve para responder ao Alexis Campos Alves, que nos pediu para escrever sobre este assunto: “…como seu leitor assíduo, gostaria de pedir desculpas e, pretensiosamente, pedir que, quando possível, comente sobre a postura do Mano Menezes nas entrevistas. Pode ser impressão minha, mas o cara tá sempre jogando indiretas, quando não atacando diretamente a imprensa. Se ganha, tem algo a “jogar na cara” da imprensa. Se perde, tem algo a colocar na conta da imprensa. E, nas suas falas, afirma que o Cruzeiro é boicotado pela imprensa: desde o início do ano, quando afirmou a um repórter do interior que o mesmo estava “vestindo a camisa” do Galo, até o clássico de hoje, quando insinuou que a TV edita o VT do jogo, excluindo os lances em que, supostamente, o Cruzeiro teria sido prejudicado. Isso sem falar que ele é a arrogância em pessoa, né?!
Você não acha que, de certa forma, ele acaba ajudando a inflar os ânimos que já andam tão exaltados?
Abraço!
Alexis Campos Alves”
Até acho que inflar ânimos, não infla, caro Alexis, mas todo excesso acaba se voltando contra quem os comete.
Aliás, vale a pena ler a coluna do Marcelo Barreto na íntegra:
* “Universo paralelo”
“As páginas deste livro são dedicadas àqueles meninos que uma vez, há anos, cruzaram comigo em Calella da Costa. Acabavam de jogar uma pelada, e cantavam: ‘ganamos, perdimos, igual nos divertimos’”
(Eduardo Galeano, “Futebol ao sol e à sombra”)
http://oglobo.globo.com/esportes/universo-paralelo-21277309#ixzz4fsX2XslC
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