Elias e Fred foram tratados com muita simpatia pelos flamenguistas no Maracanã
Foram dois tempos completamente distintos. O primeiro, razoável. Os times se estudando, concentrando muitos jogadores no meio de campo, e por incrível que pareça, nenhum chute a gol de ninguém, apesar do Flamengo ter feito 1 a 0. Diria Nelson Rodrigues que foi obra do “Sobrenatural de Almeida”. O flamenguista Mateus cruzou para o Guerrero, mas a bola foi direto pro gol, enganando ao Victor, que aguardava o cabeceio do atacante. Como ninguém encostou na bola, o goleiro foi nela quando já não dava mais tempo de alcançá-la. O Flamengo desperdiçou duas oportunidades bem claras.
No intervalo, Roger Machado tirou Otero e pôs Cazares, que mudou a cara do Galo e do jogo, que ficou ótimo. Ele mesmo fez ótimas jogadas, chutou duas bolas que só não entraram porque os zagueiros tiraram de forma espetacular. O empate não demorou a sair, depois de troca de passes entre Cazares, Fred e Elias, que concluiu com perfeição. A partida ficou melhor ainda. Os dois times buscando o gol, jogando abertos, como há tempos não se via no futebol brasileiro. Digno dos grandes jogos entre Galo e Flamengo nos anos 1980.
aRobinho e Fred se cansaram e Roger os substituiu por Rafael Moura e Maicosuel, mantendo a busca pelo gol, aos 35 do segundo tempo. O técnico Zé Ricardo, do Flamengo, mandou pro jogo o Vinícius Jr., 16 anos, que dizem estar nas pretensões do Real Madri. A torcida rubro negra, que encheu o Maracanã, vibrou e passou a gritar mais.
Exibição animadora do Atlético, das opções adotadas pelo Roger à atuação de todos os jogadores, inclusive do zagueiro Felipe Santana, que fez a sua melhor partida com a camisa alvinegra.
Se o campeonato tiver muitos jogos como este, será o melhor dos últimos anos. Dois treinadores jovens, resgatando o futebol ofensivo e bonito que o Brasil abandonou há muitos anos.
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