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Da Copa Itatiaia para o mundo: Bruno Henrique, o artilheiro do Santos, que foi descoberto por olheiros do Cruzeiro

Foto Gazetapress

O Santos não fazia gols há três jogos pelo Brasileiro e foi o atacante Bruno Henrique, quem resolveu o problema, realizando um sonho, revelado depois do 1 a 1 com o Cruzeiro no Mineirão.

A história desse moço é muito parecida com a de milhares de jovens que sonham se tornar jogador e futebol, mas que esbarram em todo tipo de dificuldade. Na edição de ontem a Folha de S. Paulo contou um pouco da trajetória desse belorizontino, que chegou a desistir de chegar ao futebol profissional:

“… Bruno diz ter desistido do sonho de ser profissional. Até 2011, trabalhava em uma escola, como telefonista, além de realizar serviços de banco.

A participação em um conhecido torneio de várzea de Belo Horizonte, a Copa Itatiaia, mudou essa história. Destaque da competição, chamou a atenção de olheiros do Cruzeiro, aos 21 anos, com três gols na final pelo
Inconfidência, time de seu bairro.

Iniciou a carreira, mas não teve chances pela equipe mineira, a qual voltou a enfrentar neste domingo, pela 22ª rodada do Brasileiro.

O atacante se encontrou quando foi emprestado ao Uberlândia em 2012. Dois anos depois, uma boa passagem pelo Itumbiara-GO o levou ao Goiás, pelo qual, em 2015, fez boa temporada.

Aí veio a repentina transferência para a Europa, contratado pelo Wolfsburg, da Alemanha. Sua trajetória de ascensão foi interrompida na Alemanha. Para quem surgiu tardiamente no futebol, ser pouco utilizado não estava nos planos. “Não queria perder tempo ou ficar esquecido. Via os meus momentos no Goiás e isso me fez voltar ao Brasil.”

“Hoje tem jogador que joga a base, chega ao profissional e não tem sucesso. Tenho amigos que tiveram destaque e nem jogadores são mais. Quando é para acontecer, acontece”.

O Santos gastou cerca de R$ 15 milhões para repatriá-lo. É o artilheiro do time no ano, com 14 gols, e segundo em assistências. “Em oito meses, ter produzido isso é surpresa até para mim”, disse.

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2017/08/1913393-santista-bruno-henrique-volta-a-belo-horizonte-em-rota-improvavel.shtml


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Comentários:
14
  • Sérgio Lopes disse:

    Prezados leitores do blog do Chico Maia,
    Acessem : blogdosletradosdesalienados.blogspot.com,
    Vamos refletir a respeito do saudoso Enéas Ferreira Carneiro… Além disso, vamos repensar o ressurgimento do Prona como possível esperança do povo brasileiro na construção de um país moderno e de uma sociedade (justa, livre, democrática, pluralista, solidária e participativa).
    Abraço fraterno do professor Sérgio Lopes

  • Raul Otávio da Silva Pereira disse:

    Olheiros ??? E deixaram o cara ir embora ???

  • Marcel disse:

    Méritos também para o nosso querido Alvaro Damião , que foi o primeiro a descobrir esta joia ////

  • Gabriel Júnior disse:

    Não deve ter passado nos testes, porque é magro demais. Outros não passam, porque são baixos demais. São os doutores do futebol, que só pensam em seus bolsos… Só pensam em retorno imediato.

  • Guilherme Leôncio disse:

    UAI, daqui a pouco o AF é culpado pela crise política no Brasil. A torcida do Galo quando pega no pé é difícil largar. O caso aconteceu lá no Cru cru. Só sei de uma coisa, lá também tem Andrés. Esse camarada está jogando demais!

  • Claytinho do Nova Vista - BH disse:

    Esse Bruno Henrique é muito bom jogador sim.
    Apareceu para o futebol tarde, talvez por falta de um “talento” a mais, que é a figura do empresário…
    Casos como o deste Bruno Henrique tem aos montes por aí…
    Infelizmente, hoje em dia não adianta ter somente o talento para jogar futebol, se não tiver um empresário igualmente “talentoso”…
    Já contei aqui uma certa vez, que com 12 para 13 anos, fui reprovado num teste no Cruzeiro, no antigo campo do Barro Preto, pelo saudoso Lincoln Alves, que não se contentou em apenas me reprovar, mas teve que falar em alto e bom tom: “Clayton, vai tentar veterinária, advocacia ou ser vendedor, porque futebol você não tem não”… kkkkkkk Isso pra um menino ouvir, no meio de outros 300 meninos, foi terrível.. rs Mas tão logo eu saí lá do campo, ainda cabisbaixo, apareceu um rapaz e um senhor, falando que tinham me observado de fora, que eu poderia ter chances sim, que inclusive o time infantil do Cruzeiro iria fazer em breve uma excursão para a Argentina e que eu poderia participar. Mas que pra isso eu teria que procurá-los juntamente com meu pai e pagar um valor tal, que hoje sinceramente eu já nem lembro mais qual foi este valor. Então, falei com eles que ia ver com meu pai e pediria meu pai pra ligar pra eles. Contei pro meu pai e quase apanhei por dar atenção pra gente como aquela.. rs E obviamente, meu pai não ligou pra eles e eu nunca mais fiz teste em time nenhum… rs

    • Alisson Sol disse:

      Clayton,

      O futebol não é “especial”. É um esporte como os outros, que precisa de “promoção” para ter a atenção merecida. O Brasil dá uma atenção desproporcional ao futebol, talvez por ter recebido a primeira Copa depois da segunda guerra. Mas na Índia o esporte mais popular é o criquete. Na China o esporte mais popular é o tênis de mesa. Nos EUA, o esporte mais popular é o “futebol americano”, e depois o beisebol, e depois o basquete, e depois corridas, e depois hoquei no gelo!

      É de se admirar o que os Ingleses conseguiram fazer de marketing para o futebol, levando o “esporte bretão” a praticamente todos os lugares do mundo atualmente. Mas para isto, tiveram que fazer o que outros esportes fizeram: transformar o “jogo” em um show, e os destaques em celebridades. Só assim para o box, por exemplo, conseguir coisas como faturar U$1bilhão com a luta do último final de semana, em um evento totalmente artificial entre um lutador de box e outro de UFC. Só assim para competir, por exemplo, com um Sachin Tendulkar, que é um dos esportistas mais famosos do mundo, apesar de ser desconhecido no Brasil.

      No futebol, foi necessário o mesmo: colocar jogadores ao lado de empresários que os promovem como “celebridades”. No Brasil ainda se vê um “jogador de futebol” apenas como um “atleta que joga futebol”. No exterior, sabe-que que é através dos direitos de imagem que um jogador vai conseguir a maior parte do seu faturamento. Como o mercado de futebol no Brasil fica focado na negociação rápida das melhores promessas, pouco se trabalha na imagem de jogadores, e pouco se fala do “trabalho” que os jogadores famosos tem hoje no gerenciamento de sua imagem. Neymar é capa das revistas de esporte especializado no exterior, com a “8 by 8“, ou a “FourFourTwo“. Ou seja: o cara tem de treinar, jogar, e ainda ir tirar foto! Mas no Brasil, acham que o cara é um preguiçoso com bom empresário.

      Quem não quiser fazer isto, e ser apenas “atleta que joga futebol”, tem todo o direito de fazê-lo. Mas depois não reclama e vem com a estória de coitado de mim.

      • Regi.Galo/BH disse:

        Caros Claytinho e Alisson Sol,

        Não se pode querer equiparar o contexto do universo tupiniquim, ou a complexidade deste, assim tão simplesmente. O futebol, os Beatles, o Windows 93, serviram muito bem, como uma luva, aos anseios dessa nossa sociedade carente (pedante) por novidades acessíveis. Essa carestia do ser IN, que já vinha se arrastando desde as pré-concepções de origem europeias, aquelas ilusões de inclusão, já nasciam da vontade de ser/estar insertos no meio, de qualquer forma, sendo um deles até no próprio grito de gol.

        Pôxa, e até que nos adaptamos muito bem dentro destas quatro linhas.
        Agora pense…
        Pense em como nos traíram valorizando a necessidade de outros esportes e os tornando populares e rentáveis. Pense na necessidade de como os gregos promoveram, e com razão, as modalidades dos esportes olímpicos.

        Pense, que pelo contrário, aqui as coisas ‘nasceram’ bem diferentes. Já nasceram prontas.
        Chutar uma bola, mandar ela na gaveta, por si só pode resumir a epopeia de uma vida inteira, mesmo sem tê-la vivido; e, pior, não há dinheiro que pague.

        E no quesito ‘quanto à ganhar dinheiro’, não é difícil entender o porque de nunca termos sido bons nisto: vale muito mais a amizade. Aliás: Amizade, Vitasay, e uma cadeira cativa no estádio.

        Noutro dia, você dizia algo sobre o nosso insistente ‘espírito de vira-latas’.
        Vou defender dizendo que nisto somos os melhores, com pedigree e tudo (mmmmmm).
        Abraço!

        • Claytinho do Nova Vista - BH disse:

          Caríssimos Alysson Sol e Regi.Galo/BH,

          A meu ver, aí seria uma outra seara, um outro debate que envolveria muitos outros fatores. Inclusive sociais. O ponto que eu destaquei, foi que no Brasil, onde antigamente se brotavam craques nos famosos “rua de cima, contra rua de baixo”, hoje a realidade é outra completamente diferente. E o preço que estamos pagando por isso, está aí pra todo mundo ver…
          Agora quanto a parte do “business” abordada pelo Alisson Sol e da história desse velho ludopédio abordada pelo Regi.Galo/BH, eu realmente não teria conhecimento e nem competência para saber explanar tão bem quanto os mesmos… rs

          P.S.: E quanto ao saudoso e sábio Lincoln Alves, que me reprovou e me mandou tentar qualquer outra coisa menos futebol, que na ocasião eu tinha ficado P… da vida com ele, hoje eu reconheço o quão conhecedor do futebol e visionário ele era viu… rsrs Porque, eu realmente jamais me tornaria um profissional do futebol. No máximo um “cismado” a peladeiro e olhe lá…. kkkkkk

          • Regi.Galo/BH disse:

            Pois é, Claytinho… te fizeram perder a oportunidade de ‘rodar’ pelos times do interior do Acre, ou até de jogar no Íbis.
            Abraço!

  • Helio Antonio Corrêa disse:

    O que estava fazendo o VICENTIM nesta hora, ?
    E saber que esta praga almejava ser presidente,
    Nestes dias, ja são dois que a base do Cruzeiro deixou embora , isto que a gente tem noticias.
    Primeiro ficamos sabendo do Messias do America, agora o Bruno Henrique. e enquanto isto o fabuloso Vicentim e sua thurma, contratam a peso de ouro os notaveis R.MARQUES, SÓBIS, um monte de argentino de 5ª, RIASCOS, etc.
    Sabem porque fazem isto com tanta facilidade? porque o dinheiro não sai do bolso deles, mandam eles pagarem com deles pra ver se isto acontece?

  • Jorge moreira disse:

    Ele tem um irmão que se queimou, facil, olhem o apelido, do até bom jogador juninho neymar, com este nome e a mascara é claro que não poderia dar certo, Quando eu vejo este caso me lembro do Irineu olheiro do Galo caso estivese vivo com certeza este Bruno não teria passado direto pro Goias, e por falar nisto será que o Andre nunca ouviu falar neste Bruno, que é sim um bom jogador

  • Rodrigo Assis disse:

    Enquanto isso André Figueiredo segue prestigiado na base, revelando craques aos montes….. é pra chorar