Reportagem do Daniel Ottoni, no SuperFC:
“Por mais que a prioridade do Cruzeiro continue sendo o Flamengo, adversário da final da Copa do Brasil, tirar os olhos do Campeonato Brasileiro pode ser uma falha que cobrará um preço alto a curto e longo prazo. Seguir ativo dentro do Nacional, buscando se manter dentro ou perto do G-6, é uma meta que não pode ser perdida de vista, fazendo com que cada rodada siga sendo encarada como uma decisão.
Neste domingo, contra a Chapecoense, fora de casa, o Cruzeiro teve nas mãos a chance de retornar ao grupo da Libertadores tendo pela frente um adversário presente na zona de rebaixamento. Com muita luta, o time celeste venceu por 2 a 1 e se garantiu na sexta posição. A vitória foi ainda mais importante devido ao triunfo do Botafogo sobre o Flamengo, que fez o alvinegro carioca empatar com os mineiros em número de pontos, mas ficando atrás na tabela em virtude do saldo de gols.
A costumeira pressão que a Chape costuma fazer sobre seus oponentes, quando joga em casa, apareceu com mais intensidade no começo do jogo. O Cruzeiro recuava em demasia sua marcação, permitindo a aproximação constante dos catarinenses. Sem conseguir manter a posse de bola e trocar passes, os mineiros chamavam os adversários para seu campo. Menos mal que o melhor momento da Chapecoense no jogo não se transformou em bola na rede. Aos poucos, o time do técnico Mano Menezes foi controlando melhor o jogo e criando algumas oportunidades.
O primeiro chute a gol na partida aconteceu somente com 30 minutos de bola rolando, com Arrascaeta. Na sequência, Fábio voltou a salvar o cruzamento em cabeçada a queima-roupa de Túlio de Melo. Quando um morno primeiro tempo se encaminhava para o final, o Cruzeiro aproveitou o menor ímpeto da Chape na parcial para encaixar bem um contra-ataque e abrir o placar com Rafinha. O saldo da etapa inicial era mais do que positivo para os azuis.
O segundo tempo começou parecido com o primeiro: com a Chapecoense com mais posse e, desta vez, criando mais chances, esbarrando na boa atuação de Fábio para seguir atrás no placar. A chance de dobrar a vantagem e praticamente ‘matar’ o jogo foi perdida por Arrascaeta, aos 14min, em lance claro, frente a frente com o goleiro.
Bem postado taticamente e conseguindo fechar os espaços, o Cruzeiro encontrou seu segundo gol após bola cruzada aos 17min. Na rebatida, Raniel mostrou oportunismo para fazer a torcida respirar aliviada e ver os três pontos cada vez mais perto. Nos minutos finais, Túlio de Melo descontou e fez a Chapecoense seguir acreditando, pelo menos, em um empate. Mas o desespero e a ineficiência ofensiva do time do interior contribuíram para que o Cruzeiro segurasse o resultado positivo e fosse premiado com um triunfo que faz o time seguir operante nas duas frentes que lhe restam na temporada”.
CHAPECOENSE 1 X 2 CRUZEIRO
CHAPECOENSE
Jandrei; Apodi, Grolli, Fabrício Bruno e Roberto (Diego Renan); Moisés Ribeiro, Canteros e Seijas (Júlio César); Arthur (Penilla), Wellington Paulista e Túlio de Melo. Técnico: Vinícius Eutrópio
CRUZEIRO
Fábio; Ezequiel, Léo, Murilo e Diogo Barbosa; Henrique, Lucas Silva, Robinho (Alisson) e Rafinha; Raniel (Sassá) e Arrascaeta (Thiago Neves). Técnico: Mano Menezes
Motivo: 23ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Arena Condá, em Chapecó
Árbitro: Leandro Bizzio Marinho (CBF/SP)
Gols: Rafinha e Raniel (CR), Túlio de Melo (CH)
Cartões amarelos: Murilo (CR), Canteros, Grolli (CH)
Público: 9.676
Renda: R$ 195.950,00
ATUAÇÕES
Fábio – eterno salvador – 8
Ezequiel – tentou não comprometer – 5
Léo – sem inventar – 6
Murilo – mais confiante a cada jogo – 6,5
Diogo Barbosa – teve trabalho com os avanços de Apodi – 6
Henrique – bem na marcação – 6,5
Lucas Silva – apareceu pouco para o jogo – 5,5
Robinho – em busca de um melhor rendimento – 5,5
Alisson – deixou o ataque com um novo gás – 5
Rafinha – premiado com o gol – 6,5
Raniel – segue mostrando personalidade – 7
Sassá – pouco efetivo na frente – 5
Arrascaeta – ainda encontrando um bom ritmo – 6
Thiago Neves – cadenciou o jogo no meio-campo – 5,5
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