Mais jogos que pouco valerão na primeira fase, de uma disputa que, tecnicamente, é horrível e nada acrescenta a Atlético, Cruzeiro e América, que enfrentam adversários muito fracos. Os clubes do interior se reuniram antes do Conselho Arbitral e fizeram acordo entre eles, que desagrada à dupla mais poderosa, mas que que vão acatar. Não dão muita bola porque têm uma excelente cota da Globo pelos direitos de transmissão. Cada um embolsa R$ 12 milhões, o América R$ 3 mi, os do interior R$ 300 mil.
Ao invés de bolar fórmula esdrúxula como essa os clubes do interior deveriam propor mudança de verdade, que beneficiasse a todos, tornando a disputa mais barata e que durasse o ano inteiro. Fórmula ao estilo Copa do Mundo, disputada durante um mês, porém de eliminatórias que ocupassem o ano inteiro, regionalizadas. Fim dessas ridículas segunda e terceira divisões. Se fosse como a Copa com 32 times, durante todo o ano a classificatória apontaria os 28 que se juntariam aos quatro primeiros colocados do ano anterior. Essa é apenas uma das várias propostas de fórmula que poderia revitalizar a disputa, mas os cartolas nem param para discutir o assunto. E lá vamos nós para mais do mesmo em 2018, agora piorando o que já era ruim.
Reportagem do Thiago Nogueira, para o SuperFC, dá mais detalhes e também do jogo de cena da dupla mais poderosa, que reclama, mas não faz nada para que haja uma mudança de verdade.
* “Atlético e Cruzeiro são contra mudança na fórmula do Mineiro”
Competição em 2018 terá oito clubes classificados para a fase de quartas de final
A mudança na fórmula de disputa do Campeonato Mineiro, quem em 2018 terá uma fase de quartas de final, desagradou os representantes dos clubes da capital. Os dirigentes de Atlético e Cruzeiro não aprovaram o aumento do número de classificados após a primeira fase, que vai passar de quatro para oito clubes.
“O futebol mineiro, hoje, é visto no Brasil, em relação à sua fórmula de disputa, com um dos mais está avançado neste sentido. Todos buscam a fórmula do Campeonato Mineiro para conseguir ajustar os estaduais. Acho que, neste sentido, foi um retrocesso”, afirmou o diretor de futebol do Atlético, Domênico Bhering.
Futuro vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Itair Machado destacou que os clubes da capital foram pegos de surpresa com a proposta dos clubes do interior. “Acho que Cruzeiro, Atlético e América perdem com essa fórmula, que comercialmente é muito ruim para a competição, mas houve uma votação democrática e nós acabamos derrotados”, destacou o dirigente celeste.
Vitorioso no conselho técnico, Alberto Simão, dirigente do Villa Nova, clube que encabeçou a campanha pela mudança no formato, destacou a força dos clubes do interior. “É um primeiro passo. Pela primeira vez o interior votou unido e mostramos que, juntos, podemos conseguir mudanças. Saímos daqui fortalecidos e esperamos que com essa fórmula o campeonato mineiro seja mais atrativo”, disse Alberto Simão.
O presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Castellar Guimarães Neto, afirmou que recebeu com muito tranquilidade a decisão dos clubes. “Se a maioria optou pela mudança da fórmula de disputa é porque se trata da melhor decisão. É uma apimentada em nosso campeonato que foi decidida pela maioria. Vamos ver se em 2018 isso se mostra acertado para se perpetuar por mais alguns anos”, declarou o dirigente.
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