Nesta época de “entressafra” da bola, quando especulações, tentativas de vendas, trocas e contratações de jogadores tomam conta do chato noticiário, melhor trocarmos ideias sobre outros temas até os times estiverem com os seus elencos definidos para 2018.
A selvageria nos estádios, por exemplo. Vejam que coluna interessante do Paulo Vinícius Coelho, na Folha de S. Paulo, domingo:
* “A selvageria não está em Buenos Aires ou Montevidéu. Está no Brasil”
Na terça-feira (12), o Mineirão apresentou candidatura para ser o estádio da primeira final única da Libertadores. Na quarta-feira (13), saiu do páreo. “O Brasil perdeu a chance de ser sede da primeira decisão”, diz um dirigente da Conmebol, escandalizado com o vandalismo no Maracanã, em Flamengo x Independiente.
O histórico hábito brasileiro de atribuir a argentinos e uruguaios a selvageria nas competições de clubes da América do Sul transforma-se diante das evidências de que somos mais primitivos.
Logo depois da batalha campal em Montevidéu, em Peñarol x Palmeiras, em abril, Diego Lugano alertou para o que, na visão dos uruguaios, é um problema brasileiro. “Todas as confusões envolvem times do Brasil”, disse.
O contra-argumento é Atlético Nacional x Rosario Central, briga no final, em 2016. Mas houve Atlético-MG x Arsenal de Sarandí em 2014, Santos x Peñarol e Argentinos Juniors x Fluminense em 2011, São Paulo x Tigre em 2012, Palmeiras x Cerro Porteño em 2006, São Caetano x América do México em 2004, Corinthians x River Plate e São Paulo x River Plate em 2005…
“Me parece que os brasileiros que vêm à Argentina são mais bem tratados do que os argentinos que vão ao Brasil”, diz, de Buenos Aires, o editor da revista El Grafico, Elias Perugino.
O Rio de Janeiro, com seus três governadores presos, tem agravantes na comparação com São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. O Flamengo disputou 18 partidas no Maracanã neste ano e registrou tentativa de invasão em quatro (22%). A segunda maior torcida uniformizada do clube, a Jovem, está proibida de ir ao estádio e não tem acesso aos ingressos. A suspeita é que seus integrantes comandam as invasões. Convocam pelas redes sociais.
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Concordo com o PVC
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