Em foto do Eugênio Sávio, Neymar em mais uma queda durante o jogo contra a Suiça.
Este tem sido o assunto predominante nesta primeira rodada da Copa da Rússia. A sigla “VAR” de “Video Assistant Referee” (Árbitro Assistente de Vídeo) passa a fazer parte do mundo do futebol, oficialmente, a partir dessa Copa. Foi testado pela FIFA pela primeira vez numa vitória da Espanha de 2 a 0 sobre a França, num amistoso em Saint Dennis, em 2016. O medo dos puristas do futebol é que ele tire a emoção e polêmicas dos jogos. Mas pelo que estamos vendo na Rússia essa preocupação poderá ser deixada de lado, pois as polêmicas vão continuar. No empate do Brasil com a Suíça o VAR não foi acionado, mas muita gente gostaria que fosse, pensando em salvar a vitória verde e amarela. E poderia cometer injustiça de evitar o empate suíço, se nos basearmos na opinião de dois treinadores especialistas e conceituados, com os quais concordo: o brasileiro Procópio Cardozo e o francês, recém saído do Arsenal, Arsène Wenger.
Disse Procópio via twitter: “Vou ser sincero com vocês, a bola era do goleiro. E quem já calçou meião e chuteira não pode reclamar de um empurrãozinho daqueles”. Em outras palavras, Wenger falou a mesma coisa sobre o “empurrão” no Miranda: “Empurrões como esse acontecem em todo escanteio. Se chamasse o VAR neste lance, ia ter que chamar em todos…”.
O vice presidente do Atlético, advogado Lásaro Cândido emitiu opinião interessante por outro viés: “O VAR também foi criado e é operado por árbitros, humanos. Gostaria de ter um VAR que elegesse apenas os lances “não interpretativos”. E pôs lenha na fogueira, dando exemplos. Lembrou a final do Campeonato Mineiro deste ano, em que houve um lance decisivo, porém, “interpretativo”. E questionou: “Pergunte a um torcedor do time adversário ou de algum Wright de plantão e terá uma resposta “interpretativa”.
Ou seja: a polêmica em torno do futebol será eterna e afasta o medo de que acabe com a emoção e a discussão que mantém rivalidades e discussões infinitas sobre a maioria das partidas de futebol.
A maior polêmica até agora no uso do VAR na Copa foi na vitória da França sobre a Austrália. A imprensa questiona duramente a aplicação do VAR, que é operado por quatro árbitros em cada jogo, sendo um “titular” e três auxiliares. Um, cuida só de pênaltis, se foi ou não. Nosso colega, mineiro, Leonardo Bertozzi, do ESPN tem uma opinião interessante: “Dá pra discutir, e muito, a justiça da vitória francesa pelo futebol apresentado. Mas o funcionamento dos auxílios tecnológicos à equipe de arbitragem permitiu um placar legítimo. Como é bom ver o futebol avançando, como é bom!”.
De Montes Claros o Christiano Jilvan escreveu no blog dele, “De Veneta”:
“Vai ser assim: “aquele pênalti com VAR, aquele outro sem…” No Brasil, diante de tantos lances polêmicos ou mesmo vista grossa dos árbitros em campo, com as paralisações cada jogo duraria três vezes mais que o normal!”
Eu que não tinha opinião formada ainda sobre o assunto, passo a entender que estamos diante de um “mal necessário”. Custa caro, não resolve em 100% o problema, mas diminui as injustiças no futebol.
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