Chutaço do Quintero, empate do River e o Igor Tep da 98FM twittou: “Goleiro do Boca tá com bracinho de tiranossauro? Estica o braço, feladaputa”.
Não caro, Igor! Essa bola era indefensável. Pela distância, pela força do chute e acima de tudo pelo “elemento” surpresa. Mérito absoluto do chutador.
Só lamento que essa decisão da Libertadores tenha sido em Madri por causa de selvageria de marginais vestidos de River, mas além de ter sido um grande jogo, os dois times ganharam mais visibilidade mundial. Todo o futebol Sul-americano acaba ganhando com essa aparição global.
De certa forma foi um ensaio para a final em jogo único e país neutro que a Conmebol passa a adotar em partir de 2019.
Ao contrário das lamentáveis cenas fora de campo, comuns a quase todos os países da América do Sul, River e Boca fizeram um jogo bonito, limpo. Apresentando talentos de lado a lado. Mostraram que o futebol do nosso continente continua bom de ser ver. O argentinos são muito habilidosos. Produzem menor quantidade de craques que o Brasil, pela óbvia razão populacional, mas têm um toque de bola, velocidade e acerto de passes que encantam.
Enquanto teve fôlego o Boca Juniors foi superior em campo e a abertura do placar por meio do Benedeto mostrou isso. Belíssimo tento. Mas o River voltou pro segundo tempo babando de vontade de empatar. E torci para que isso ocorresse para que houvesse prorrogação e o espetáculo continuasse. Essa é a vantagem de o seu time do coração não estar envolvido. Você quer ver é o show, não importa quem será o vencedor. Pois Lucas Pratto cuidou de nos presentear com mais bola rolando, ao empatar aos 22 do segundo tempo. Quintero virou na prorrogação e torci para que o Boca empatasse pra que a decisão fosse para os pênaltis. Mas não deu. O River foi competente para garantir a vitória com direito ao terceiro gol se aproveitando do desespero do Boca, cujo goleiro Andrada se mandou para o ataque e deixou o gol vazio para o Pity Martínez marcar.
Algumas considerações muito interessantes que sugiro às senhoras e senhores do blog:
Vinicius Grissi @ViniciusGrissi: “o treinador guardou todos os piores fisicamente pra prorrogação. Jumento!”
Andre Rizek @andrizek: “Tô só esperando o fim do jogo para lembrar que, aos 17 do segundo tempo, ganhando o jogo, o Boca tirou o melhor jogador da Libertadores, Benedetto, para colocar o Abila em campo. Coisas assim não podem ficar impunes…”
É, o comandante do Boca, Guillermo Barros Schelotto não foi feliz esta tarde, mas não o vejo como um “jumento”. É da prateleira de cima, mas errou no jogo e na hora errada.
Mas a bola da vez entre os treinadores é o comandante do River, conforme lembrou o Marcos Bertoncello @mbertoncello_: “Marcelo Gallardo no comando do River Plate:
229 jogos
118 vitórias
65 empates
46 derrotas
378 gols marcados
205 gols sofridos
62% de aproveitamento
9 títulos.”
Precisa dizer mais alguma coisa?
Foto: Matthias Hangst/Getty Images
O ótimo Benedetto fez o gol e comemorou zoando, mas o River riu por último.
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