Em Montevidéu, Arrascaeta concede entrevista a @DIRECTVUy ao jornalista @RodriVazquez95
“Numa guerra, a primeira vítima é a verdade”. Essa frase foi usada pelo jornalista Carlos Brickmann num artigo para o Observatório da Imprensa na edição 497 de maio de 2008. Pronunciada pelo senador americano Hiram Johnson, que certamente devia ser leitor do filósofo grego Ésquilo, que disse, antes de Jesus Cristo nascer, que “na guerra, a verdade é a primeira vítima.”
Todo este preâmbulo para dizer que essa história da ida do Arrascaeta para o Flamengo não está bem contada. O jogador chega com o empresário dele a Belo Horizonte no dia da reapresentação do time e não vai treinar. Se reúne com o diretor de futebol do clube, diz que tem uma proposta do Flamengo e depois volta para o Uruguai. Não sem antes escrever no twitter que ele e o empresário foram ameaçados, que os números dos telefones deles foram divulgados e que ele estaria correndo riscos na capital mineira a partir daquele momento. Ao mesmo tempo em que o diretor do Cruzeiro chama o empresário do jogador de bandido.
Ora, ora! Então, a partir dali deveria se instalar uma guerra entre clubes, jogador e empresário, já que um contrato estava sendo rompido unilateralmente. Imprensa e torcida se mobilizaram, muito disse-me-disse e menos de uma semana depois entra um novo empresário na parada, que representa o clube numa reunião na capital uruguaia junto com um diretor do Flamengo e o negócio foi fechado. Paz no céu, na terra, na Toca e no Ninho do Urubu! E todos saíram felizes para sempre, com muito dinheiro no bolso.
A única parte que não ficou satisfeita foi a que mais interessava e que não teve os seus interesses bem defendidos: a torcida do Cruzeiro, cujo time fica seriamente desfalcado.
E assim segue o futebol, com a credibilidade cada vez mais em baixa!
No artigo para o Observatório da Imprensa o Carlos Brickman prosseguia: “… A guerra não precisa ter tiros: pode ser também guerra ideológica. E a mentira não precisa ser completa (embora às vezes seja, como um diálogo inventado, e divulgado como se fosse real, entre um delegado e seu prisioneiro): às vezes, basta caprichar no destaque e um texto que pode ser ou não verdadeiro, publicado numa revista estrangeira de posição partidária definidíssima, vira verdade divina e passa a provocar repercussões e explicações que, a propósito, também não são lá muito verdadeiras...”
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