Alguns clubes estão se dando bem investindo em produções próprias. O Coritiba é o melhor exemplo, inclusive conseguiu baratear o valor da camisa para o seu torcedor: R$ 229 a original/oficial e R$ 189 a modelo torcedor.
O problema é a logística de fabricação e principalmente distribuição. É preciso montar uma estrutura à parte, como se fosse uma empresa de confecções dentro do clube, segundo informou-me uma especialista experiente no assunto, vitoriosa, que pede para não ter o nome citado.
Segundo ela, em clubes de menor porte, torcidas menores, é menos complicado, já que a distribuição não é tão complexa e a cobrança, idem. Mas em clubes grandes é dor de cabeça na certa com a falta de material nas lojas e até no próprio clube para os treinos e jogos do time profissional e da base. Sem falar na linha de atendimento aos mais diversos perfis de torcedores: crianças, adultos, meninos, meninas, grandes, médios, pequenos, camisas, calções, meias, etecetera e tal.
Com o foco nisso, o futebol, razão de ser de tudo, ficará desfocado. Ou então faltará itens nas lojas e no dia a dia do time. Por isso, os grandes transferem essa responsabilidade à empresas e parceiros famosos e com know how, mas que têm de por o preço da camisa para o torcedor nas alturas, em torno de R$ 300 para cima.
Ontem o Atlético lançou a sua coleção 2019 com desfile e pompa, alardeando em suas redes sociais, coisas tipo: @Atletico “TECNOLOGIA DE PONTA: As camisas de jogo @lecoqsportif são elaboradas em tecido desenhado de microfibra de poliéster, que dá sensação de leveza e flexibilidade aos jogadores. Trata-se do mesmo material das camisas que o torcedor encontra nas Lojas do #Galo.”
Muito bom, né? Mas o importante mesmo é o recheio dessas camisas. Com um time competitivo, brigando na cabeça, não sobra nada nas lojas. Com “meia-boca”, vendedor ficará batendo papo nas lojas sonhando com a chegada de raros interessados.
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