Como sempre ótimo, Duke, ontem no Super Notícia
Comentarista dos mais tradicionais do blog, Márcio Luiz escreveu: “Chico, se possível use o seu faro de repórter e suas fontes para apurar este assunto que é muito sério: o Emanuel Carneiro ontem na turma do bate-bola disse que há uma conversa dentro da cidade do Galo de que os jogadores “não estariam” engolindo os métodos de trabalho do treinador: excesso de treinos e excesso de disciplina.
Como a diretoria ainda não teve culhão para SUMIR com Fábio Santos, Rever e o pastor, o risco desse venezuelano ser fritado por esses “líderes” já no segundo mês de trabalho é enorme.”
Na sequência o Silvio T, também entrou no assunto: “Cantei essa pedra quando o nome de Dudamel nem estava confirmado. Aliás, pedrinha fácil de cantar em se tratando da estatal Clube atlético Mineiro. É uma ofensa exigir dos funcionários públicos alve negros que estejam com preparo físico em dia – sem cachaça- que marquem o campo todo, que ensaiem jogadas e posicionamento tático e outras cositas más que, como vimos, até o Coimbra sabe fazer.”
Tenho saudades dos meus tempos de repórter, mas passou. Não gostaria de voltar a exercer a atividade de setorista de clube. Valeu a experiência, mas é terrível e talvez algum dia escreva um livro sobre o tema. Vida que segue. Também ouvi o Emanuel Carneiro falando na Turma do Bate Bola de um possível boicote de jogadores do Atlético ao técnico Dudamel.
Alguém mais inocente deve estar se perguntando: mas já?
Não duvidem de nada no mundo do futebol, senhoras e senhores. Grande parte dos jogadores de futebol não gosta de trabalhar muito, detesta regras, odeia formalidades, se acha acima do bem e do mal, se incomoda com cobranças e derruba treinador que faz essas exigências mencionadas. Cortar o uso excessivo de telefone celular? Nem pensar!
E desde o primeiro dia do venezuelano na Cidade do Galo tem sido assim. Um profissional sério, dedicado que considera direitos e deveres como obrigação normal de todo profissional, em qualquer atividade, qualquer lugar do mundo. Mas, no Brasil tudo é “mais ou menos”, e aí está a grande dificuldade de um técnico estrangeiro acertar o compasso por aqui. É comum jogador brasileiro se transferir para a Europa e poucos meses depois querer voltar. Põe culpa no frio, na “adaptação”, na comida, no ar que respira, na imprensa, na forma do olhar dos europeus e bla, bla, bla… Daí a pouco retorna ao Brasil e quem investiu nele fica no prejuízo.
Emanuel Carneiro tem fontes fortes e não falaria uma coisa dessas se não tivesse alguma informação concreta. Por outro lado é difícil provar. Nos anos 1980, quando eu cobria o dia a dia do Atlético vi a fritura do Rubens Minelli, considerado por quase 100% da imprensa do país, o melhor técnico do Brasil. Porém, falava muito. Logo que chegou, nas entrevistas dizia que o Galo era um “ovo de páscoa”; muito bonito por fora, porém, oco. Ou seja: no papel, um grande time, cheio de estrelas, mas que não rendia dentro das quatro linhas. Caiu nas primeiras rodadas do Brasileiro de 1984.
Mais recentemente, na memória de todos nós, está viva a lembrança da fritura do Vanderlei Luxemburgo em 2009, no próprio Galo. Tomara que que apenas uma teoria conspiratória e que Dudamel esteja com o controle do grupo nas mãos. Mas todo cuidado é pouco e que a diretoria tenha uma estratégia para barrar uma covardia dessas.
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