Foto: globoesporte.globo.com/futebol/times/cruzeiro
O ex-presidente completa 79 anos, hoje. E nas voltas que a bola dá, quem recorre à memória eletrônica se depara com o dia 8 de abril de 2018, quando o mundo azul comemorava o título mineiro, o primeiro da “Era Wagner”, eleito no dia dois de outubro de 2017. Ainda no vestiário, após a conquista sobre o Atlético, cercado de microfones, câmeras e apoiadores, ele dizia ao Bernardo Lacerda, do SuperFC: “Uma coisa muito especial que recebi hoje, um presente fora do comum, presente da torcida e do nosso time, que é excepcional. Nós temos o primeiro título e agora faltam só mais quatro, pois eu disse que a gente ia ganhar cinco títulos este ano”.
Referia-se à Libertadores, Copa do Brasil, Recopa Sul-americana e Mundial.Na sequência, a gestão dele deu no que deu.
Toda eleição em qualquer clube é o momento mais importante e delicado da instituição. Ali está o futuro. O acerto ou erro de quem elege vai ditar os rumos dos anos seguintes. No caso do Cruzeiro, mandato com duração de três. Wagner terminaria o dele no fim deste 2020.
O Cruzeiro está vivendo momento eleitoral e ao contrário do que manda o bom senso, continua em turbulência política. Dividido pelo racha que opõe os integrantes do Conselho Gestor e o grupo que apóia o Sérgio Rodrigues. As alegações de que o “outro lado” é apoiado por ex-dirigentes que comprometeram o clube não colam, já que todos apoiaram todos nas últimas décadas e hoje é impossível distinguir quem mudou de lado. Se gostam mesmo do Cruzeiro e querem vê-lo novamente no topo, têm de se acertar, se unir e tocar adiante.
Obviamente que sem abafar os escândalos administrativos cometidos nas últimas gestões, entregando todos os documentos à polícia e à justiça. E posteriormente, mostrar tudo, depois dessa lavagem geral da roupa suja. Nomes, inclusive. De quem fez o bem e quem fez o mal à instituição. Dia 30 de março, o coordenador do grupo gestor, Saulo Fróes, falou da contratação da Moore Auditores e Consultores para esmiuçar as contas de 2019, mas uma frase dele soou estranha: de que pode “ter sumido um documento aqui ou ali…”, e que apesar disso, acredita que vai dar para enxergar o quadro real da situação. Ora, ora, que documentos são estes? Como sumiram? Quem sumiu? A polícia foi chamada? Outra coisa: só as contas de 2019? Como o pronunciamento dele foi gravado, não houve oportunidade para nenhum repórter questionar. E o único jornalista que tocou neste assunto foi o Héverton Guimarães, na Rádio 98FM.
No dia da eleição do Wagner (2/10/2018), o Globoesporte.com publicou essa reportagem do Guilherme Frossard e Thaynara Amaral, que dá uma noção do quadro político interno do Cruzeiro. E do balaio de gatos que se tornou o colégio eleitoral azul:
* “Em votação acirrada, Wagner Pires de Sá é eleito novo presidente do Cruzeiro – Com 235 votos, nome apoiado pelo atual mandatário, Gilvan de Pinho Tavares, vence candidato de Zezé Perrella e vai comandar o clube no triênio 2018-2020”
Deixe um comentário para Eduardo Silva Cancelar resposta