Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Clubes excluídos do pacote de ajuda da CBF esperam que a FMF brigue por eles também

Pouso Alegre é o líder do Módulo II e, assim como demais, enfrenta problemas financeiros

Pela reportagem que a Lohanna Lima e o Léo Campos, d’O Tempo fizeram com o Paulo da Pinta, presidente do Pouso Alegre, líder do Módulo II do Campeonato Mineiro, e pelo que respondeu o Renato Paiva, diretor do Democrata de Sete Lagoas, no twitter da minha postagem aqui do blog, isso está bem claro. Disse o Renato: “Como esperado, o Adriano Aro não gostou. Ao invés de se apoiar nela (a Carta) pra pedir socorro à CBF, Conmebol e FIFA, a Carta lhe causou estranheza”.

O ex-zagueiro do Pouso Alegre, Paulo da Pinta (muito bom, diga-se nos anos 1990), é hoje o presidente do clube e deu entrevista ao O Tempo, em termos semelhantes ao Renato Paiva: * “Clubes mineiros sem calendário nacional aguardam ajuda da FMF e CBF”

Entidade vai contribuir financeiramente com os clubes que disputam as Séries C e D do Campeonato Brasileiro e A1 e A2 do Feminino e com as Federações

Após a CBF divulgar que vai ajudar os clubes que disputam as Séries C e D do Campeonato Brasileiro, além dos que participam da Séries A1 e A2 do Feminino, agremiações que não possuem calendário nacional têm lamentado a falta de apoio por parte da entidade. A CBF vai liberar mais de R$ 19 milhões para 140 clubes e R$ 120 mil para as Federações Estaduais.

O Módulo II do Campeonato Mineiro conta com a participação de 12 equipes. O líder Pouso Alegre é um dos clubes que aguarda alguma definição das entidades para as agremiações que não possuem calendário nacional, mas que, assim como os demais, enfrenta um grave problema financeiro, como explica o presidente Paulo da Pinta.

“Estamos esperando uma definição por parte da Federação e também do Sindicato dos Atletas, pois sabemos que essa perda de receita vai afetar a todos e os atletas também terão que ceder em alguma coisa. Perdemos parceiros, quem tem publicidade conosco tem deixado de pagar, querem renegociar os acordos. Estávamos disputando o Módulo II e, dificilmente, tem um atleta que ganhe menos de 2 mil reais, então esperamos um auxílio da Federação, da CBF, até mesmo um programa do governo para poder subsidiar os salários”, explicou.

Recentemente, o presidente do Democrata de Sete Lagoas, Renato Paiva,  clube que também dipusta o Módulo II, publicou uma carta nas redes sociais pedindo “socorro” à Federação, CBF e Fifa. No texto,  foram expostos diversos problemas que as pequenas agremiações enfrentam. Em entrevista ao programa Super FC, da Rádio Super – 91,7 FM, o presidente da FMF, Adriano Aro, disse ter tomado conhecimento da publicação, mas demonstrou não estar de acordo com tudo que foi citado pelo clube de Sete Lagoas, principalmente sobre a falta de tentativa de patrocínio coletivo, algo reclamado pelo Democrata.

“Eu li a carta. Acho que destoou uma pouco do que foi discutido na reunião que tivemos. Foram feitas afirmações de que não foram tentados patrocínios coletivos, o que é mentira. Nós não negamos que os times precisam de ajuda e de auxílio. Vamos isentar os clubes de taxas de registro ou de transferências. O que a FMF pode fazer está fazendo. Temos diversos departamentos, uma estrutura grande, e estamos trabalhando com um fluxo de caixa muito apertado e não temos recursos para passar às equipes. De toda maneira, o que a FMF pode abrir mão, já se dispôs a fazer. Por isso me causou um pouco de estranheza o teor da carta como um todo”, declarou.

“Sinceramente, não sei qual o esforço a FMF tem feito nesse sentido. Ano após ano, as taxas aumentam. Hoje em dia, independentemente de você ter renda ou não em um jogo, a FMF cobra  taxa antes da realizaçao do jogo. Se você não pagar, você nem joga. Os boletos dos jogos do Democrata são em torno de 7 mil reais, que a gente tem que pagar antecipado. Eu espero mais empenho da Federação. Tomara mesmo que tenham procurado mesmo o patrocínio coletivo. Não sei como estão procurando também. Nós somos geradores de jogadores para times grandes e não ficamos com receita nenhuma. Se o presidente disse que procurou, ótimo. Não vejo problema nenhum em reforçar o pedido”, rebateu.

Em contato com a reportagem, a FMF respondeu, por meio de sua assessoria de comunicação, como vai trabalhar o dinheiro repassado pela CBF.

“A verba de 120 mil enviada pela CBF às federações estaduais equivale à cota destinada aos clubes participantes do feminino A1, ainda bem abaixo dos valores trabalhados no futebol masculino. Os valores são para manutenção das estruturas das federações disponíveis para os clubes, já que uma das principais arrecadações destas instituições vem da porcentagem de renda das partidas, que não estão sendo realizadas”.

https://www.otempo.com.br/superfc/clubes-mineiros-sem-calendario-nacional-aguardam-ajuda-da-fmf-e-cbf-1.2322751


» Comentar

Comentários:
0