O Capitão Helivelton, da nossa gloriosa Polícia Militar, se recusou a assistir a reprise de Atlético x Olimpya, domingo, por medo do centroavante “Tanque Ferreyra” não escorregar de novo e matar a final no Mineirão. Deu certo.
Hoje, mesmo com medo do árbitro chileno Patricio Polic prejudicar o Galo, encarei o repeteco do Sportv, de Atlético e Tijuana pelas quartas de final da Libertadores 2013. Que belo jogo, tenso, emocionante, tão inacreditável quanto esclarecedor. Assim como naquele dia 30 de maio, não acreditei que o Luan conseguiu desperdiçar o que seria o 2 a 1 do Galo, aos 45 do segundo tempo. Em mais um contra ataque, Ronaldinho Gaúcho o colocou na cara do goleiro Saucedo, e ele chutou mal, para a defesa do mexicano. O mesmo Luan, que empatou o jogo na ida, no 2 a 2 que dava a vantagem daquele 1 a 1 no Independência. Aliás, um segundo tempo encardido, desta partida de volta. O Galo tinha mais volume de jogo, mas era o Tijuana que matava a massa de susto. Aos 25, Victor começa a ser “canonizado” ao defender, cara a cara, um chute do Piceño. Aos 34, Arce cobra falta, a bola passa pela barreira, bate no travessão e vai pra fora. Ufa!
Mas aos 46 o apitador Patrício Polic enxerga uma falta do Leonardo Silva no Moreno.
Não era possível!
__ Ladrão!
Foi a primeira reação, minha e de quase todos os atleticanos. Daí a pouco, reprise do lance e os comentaristas dizendo que realmente houve um toque do zagueiro e a marcação foi correta.
Mas, PQP, o Leonardo Silva tinha que cometer pênalti a essa hora?
Zagueiro velho, não dá mais conta de ganhar uma corrida de atacante mais jovem, ainda mais nesse momento do jogo.
Também, que merda este Cuca, e estes jogadores experientes, que não sabem segurar um resultado no fim de uma decisão como essa; ainda mais dentro de casa, Indepa lotado! Porra! Cambada de FDP! PQP, que time desgraçado!
Quero nem ver essa cobrança. Bora dormir, e esperar mais um ano nessa fila que não anda nunca, agüentando a encheção de saco daqueles FDP! PQP!!!
Correu Riascos, bateu e …
Viiiiictooor!!! Viiiiictooor!!! Viiiictooor!!!
São Victor, do pé esquerdo mais abençoado da face da terra! PQP!!! Não estou acreditando!
É lance de quem vai ser campeão! Não é possível. Agora vai. Agora eu acredito.
Na TV, hoje, o locutor Milton Leite gritou:
__ O árbitro vai mandar voltar a cobrança.
Uai, mas não teve isso! Que história é essa?
__ O árbitro está mandando cobrar de novo e deu cartão amarelo para o Réver.
PQP (de novo) que merda é essa?
Até que alguém disse na transmissão que o lance valeu, que a defesa do Victor foi legítima e que o jogo ia acabar.
Ufa!
Na sequência, mais emoções, mais sufocos, mais lances e apertos inacreditáveis e o destino foi justo, como em incontáveis vezes não foi com o Atlético, com muitos jogadores, do jeito que é o futebol.
Nesta conquista, vários que estavam virando vilões entraram para a galeria de heróis, com toda justiça. Uns pela determinação outros pela qualidade da bola que jogavam e todos pela raça, sangue nos olhos que empenharam, empurrados pela torcida, que nunca faltou com o time.
Leonardo Silva marcou o gol que garantiu a prorrogação na final e o respeito conquistado garantiu a ele jogar mais seis anos, e ainda como titular.
Victor está aí até hoje. Merece todo o respeito, mas o corpo já não obedece tanto quanto antes.
Essas reprises são muito interessantes e nos fazem viajar no tempo, nos levando a autocrítica e revisão de conceitos.
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