Momentos antes de o jogo começar o atleticano Rômulo Righi estranhou a escalação anunciada pelo Atlético e comentou: “… parece que o time vem com experimentação, hein!?”.
Respondi que era uma escalação bem defensiva, mas em boas condições para explorar contra ataques.
E como era de se esperar o Flamengo começou com tudo, foi com muita sede ao pote, forçando o goleiro Rafael e a defesa se virarem para evitar tomar o gol. Aos 23 aconteceu o que o Jorge Sampaoli esperava. Em alta velocidade Arana cruzou bem e Filipe Luiz na corrida não conseguiu evitar que a bola pegasse em seu pé e entrasse. Golaço, que provocou uma triste lembrança com ironia fina lá do outro lado do mundo, da @GaloAustralia: “Di Santo faria aquele gol do Felipe Luís? Fica aí registrado o questionamento.”
O Flamengo aumentou a intensidade dos ataques e a defesa atleticana se virava. Gabriel não estava aguentando a pressão e errava saídas de bola assustadoras. Era quase fim do primeiro tempo, mas o técnico do Galo não titubeou e o
Victor Martins do yahoo esportes lembrou das cinco substituições ao invés de três, por causa da pandemia: @victmartins: “Sampaoli tira o Gabriel aos 43 minutos do primeiro. Foram quatro saídas de bola seguidas que o zagueiro errou. Aproveitou e já mudou a maneira de jogar. É o tipo de mudança que será muito comum com cinco alterações possíveis”.
Prato cheio para o treinador argentino, discípulo do Marcelo Bielsa, que não tem medo de mexer no time e se arriscar.
No segundo tempo uma chuva de substituições dos dois lados. O Flamengo despejou mais atacantes e propiciou ao Galo contra atacar mais.
O Flamengo teve muito mais posse de bola, e daí? O Atlético soube parar o time carioca, na bola e nas faltas, sem violência. Correu muito. Atacou e defendeu em bloco. Quilômetros de distância daquela caricatura de time de futebol que se encolheu para perder de pouco no Maracanã, no jogo anterior entre eles Jorge Sampaoli faz diferença.
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