Esta noite teremos o jogo do ano para o futebol mineiro e acredito piamente no América, que tem feito tudo certo, dentro e fora de campo, para atingir os seus objetivos na temporada: retornar à Série A, e fazer a melhor campanha possível na Copa do Brasil. Tem tudo para chegar à final e se campeão. Já superou adversários tão difíceis quanto o Palmeiras, porque teve e tem time, estratégia e retaguarda para tal. Ou seja: diretoria, treinador/comissão técnica e jogadores competentes.
Peço permissão ao Marcio Amorim, tradicional americano, dos mais exigentes, e antigo colaborador do blog, para utilizar a análise que ele fez, do jogo passado, para explicar um pouco dos motivos dessa bela trajetória do América:
* “Caros Chico e amigos!
O jogo de ontem serviu para que o Lisca se consolidasse como um ótimo estrategista. Durante o jogo, ele consegue alternar as variações que treina ou tenta treinar quando o calendário desumano permite. Nem ele nem o técnico do Palmeiras imaginaram que o América sairia na frente, nem de modo tão inusitado e rápido. O goleiro do Palmeiras saiu jogando com o zagueiro que se viu cercado por uma implacável marcação pelos lados do campo. Tentou voltar para o goleiro, fazendo a lambança. Muita gente “olha tv”, sem ver o jogo. Analisar, então, deve ser muito para este tipo de plateia obtusa.
Logo no início do jogo, o Ademir fez uma farra pela direita e colocou o Giovane de frente para o gol e bateu certo, porém fraco.
O Palmeiras viu que tinha de se cuidar. Mudou a ânsia de atacar desde os primeiros minutos. Pouco tempo depois, no único “ataque”, saiu o gol. Aí, sim, o Palmeiras assustou. Assustou o Palmeiras e quem “olha TV”. Não devem ter-se assustado os técnicos de Corínthians e do Inter. Já haviam provado daquele veneno. Gol fortuito também vale.
Mudou o panorama da partida, e o próprio Lisca repensou a sua programação. Passou a marcar no seu campo e, no último lance do primeiro tempo, saiu o empate. Novamente os dois técnicos tiveram de repensar as duas estratégias.
O Palmeiras passou a insistir pela sua direita, diante da insegurança do Sávio. A partir dos 28 minutos, o estrategista de cá deu um nó no de lá. Embora pudesse tentar sair de lá com a vitória, optou por dificultar a possibilidade de o Palmeiras tentar virar o jogo. Colocou o Toscano como auxiliar da lateral direita, trocou o Sávio na esquerda e colocou o Calysson como auxiliar da lateral esquerda. O centroavante passou a fechar o meio. Trocou o Flávio, um gigante na cabeça da área e já cansado, colocando o jovem e descansado Sabino. E acabou o Palmeiras que tentou, e tentou, e tentou…
Quem “olha TV”…
Abraços! Que a magia do Natal seja o prenúncio de um ano realmente novo e sem tantos sustos! Cuidem-se! Juízo, moçada! Quarta tem mais alegria, se Deus quiser.”
Márcio Amorim
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