Não acredito em profissionais que não se envolvem com as comunidades nas quais estão inseridos. Se todo o altíssimo investimento feito pelo Atlético estivesse dando o devido retorno, paciência. Esta seria a fórmula certa, mas não está. E a conta um dia vai chegar, para cada atleticano, caso esta situação perdure.
Considero o Sampaoli um grande treinador. Não entro no mérito das escalações, opções táticas e substituições que ele faz durante as partidas, pois só ele, que está no dia a dia dos treinos, sabe onde dói o calo. Mas, no decorrer do trabalho dele por aqui, tenho observado outros fatores que fazem pensar. Um grande treinador precisa exercer outros papéis, além de escalar o time. Mandou contratar jogadores para posições que o time não precisava, goleiro, por exemplo. Não pediu lateral direito que resolvesse a carência, nem zagueiros, confiando nos que estão lá, que formam uma das defesas mais vazadas do campeonato. Mandou contratar jogadores de qualidade duvidosa, um deles, Leo Sena, que ele mesmo dispensou, pouco depois que chegou. O time precisando de um finalizador e ele manda trazer o chileno Vargas, um articulador, que até agora, nada de se explicar. No Vasco, o promissor Marrony marcava gols e sempre se destacava. Contratado a peso de ouro, sua bola sumiu sob comando de Sampaoli, que não consegue tirar o melhor dele.
No auge da pandemia por aqui, o treinador não demonstrava preocupação com a Covid-19. Não era chegado em usar máscaras e não pegava no pé de quem não as usava. Compareceu a uma festa de membro da comissão técnica dele, que iniciou um surto na Cidade do Galo, ele inclusive, infectado. E tome desfalques em jogos cujos pontos perdidos estão fazendo falta agora.
Desde que chegou, se recolheu na casa que alugou em Lagoa Santa e na Cidade do Galo, sem nenhum interesse em se interagir com Minas, Belo Horizonte e a nossa gente, nossa cultura. Como um alto burocrata de uma grande estatal, faz o que bem entende e não dá a mínima para ninguém. Seu salário estando em dia é o que importa. Se o trabalho der resultado em campo, ótimo, se não der, paciência, não tem que prestar contas. Se encherem muito o saco dele, dá um tchau para o “Mineiro” e a “sus hinchas”, para não dizer, “que se fodam todos”.
E este espírito parece que foi incorporado pelos jogadores, maioria forasteiros, sem ligações, parentes, amigos ou maiores compromissos com Belo Horizonte. Na base do “Se der, deu! Se não der, dane-se!”.
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