Pois é! E pior, às 20h30 de um domingo! Porém, não reclamemos demais, já que sempre há espaço para pioras. Torçamos para que, pelo menos, o time de cada um de nós vença. Nesta zorra toda, não se sabe se a ideia é da CBF ou da TV dona dos direitos de transmissão, já que ela é quem paga e tem autonomia para fazer o que bem entende na tabela, dias e horários das partidas. E viva a decadência geral do futebol verde e amarelo!
Este assunto foi abordado pelo Fernando Rocha, na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga, que vai circular amanhã, e que nós temos o privilégio de ler antes aqui no blog:
. . . “Só mesmo a dona CBF para produzir uma situação dessas, ao marcar os três jogos dos mineiros pelas Séries A e B no mesmo dia e horário. Hoje, às 20:30hs, jogarão Santos x Atlético na Vila Belmiro, América x Internacional no Independência, pela Série A; CSA x Cruzeiro, em Maceió, pela Série B. Enquanto isso, a desinteressante Seleção da CBF vai jogar às 18hs, horário nobre isolado, pela inexpressiva Copa América. (Fecha o pano!). . .”
* Coluna Bola na Area – 27/06/2021- Domingo -Fernando Rocha
Sem desculpa
A derrota para o Ceará na última quinta-feira foi mais um sinal de alerta ao Atlético, que deixou novamente escapar a chance de entrar no G4 do Brasileiro.
O Galo caiu para o 6° lugar,10 pontos ganhos, e hoje enfrenta um adversário melhore e mais tradicional, Santos, na Vila Belmiro, onde sempre é um adversário indigesto.
As duas falhas do goleiro Éverson foram diretamente as causas principais da derrota no Castelão, mas não podem encobrir ou apagar a partida ruim do Atlético, especialmente no primeiro tempo, quando não conseguiu causar nenhum transtorno ou susto no Ceará.
Na etapa final o time comandado por Cuca até melhorou um pouco, após as entradas de alguns garotos da base, mas sofreu demais nos últimos quinze minutos, foi fazendo faltas próximas da área uma atrás da outra, até que no último lance sucumbiu com a falha bisonha de seu goleiro.
Para um time que quer ser campeão, perder oito pontos para o Fortaleza, Chape e Ceará, times que vão lutar apenas contra o rebaixamento, é algo mais do que desastroso.
Dois ângulos
O Cruzeiro derrotou o Vasco da Gama (2 x 1) de virada, no Mineirão, em jogo que pode ser visto pelo prisma do chamado copo meio cheio ou meio vazio.
Pelo lado meio cheio do copo visto pelo torcedor e pela imprensa azul foi um bom jogo, de fortes emoções, belos gols, como o segundo de Matheus Barbosa, o melhor em campo, além da resiliência, dedicação dos jogadores celestes, que mesmo sofrendo um gol muito cedo correram atrás da virada.
Na segunda etapa souberam administrar e apesar da pressão vascaína na reta final do jogo, o time dirigido por Mozart Santos conseguiu segurar a vitória, que o deixou fora da zona de rebaixamento com 7 pontos ganhos em 11º lugar.
Pela ótica do copo metade vazio da crônica independente ou neutra, bem como do torcedor neutro ou adversário, não há como negar a baixa qualidade técnica do jogo, dois times que podem entrar para a galeria dos piores de Cruzeiro e Vasco da Gama, em toda a centenária e gloriosa história de ambos, passando a nítida impressão de que, a continuar nesta mesma toada, difícilmente conseguirão voltar este ano à Série A nacional.
FIM DE PAPO
- A estréia do treinador Vagner Mancine no comando do América (1 x 1, com o Juventude-RS) foi mais ou menos. Perdia de 1 x 0, teve um jogador expulso aos 29 do 2°tempo, mas ainda arranjou um pênalti para empatar. Mesmo sem conhecer o grupo de jogadores e só comandar dois treinamentos, Mancine foi corajoso nas alterações pondo o Coelho no ataque. O problema não era de treinador, mas a qualidade do elenco que é ruim, por isso Mancine vai ter que tirar leite de pedra para salvar o América de um novo rebaixamento.
- Não há como negar que a ausência de Nacho Fernandez pela Covid-19 trouxe um prejuízo irreparável ao Atlético, pois se trata do jogador que cria, organiza, dita o ritmo do time em campo. Para piorar a situação, seu substituto imediato, Natan, mesmo não possuindo a mesma qualidade do titular, também pegou o vírus e está fora do time. Mas não se pode enganar os torcedores alvinegros com isso, pois o problema maior do time atleticano está na fragilidade defensiva, sobretudo quando se depara com adversários que utilizam jogadores de velocidade no ataque.
- O elenco atual foi projetado por Jorge Sampaoli para atacar e não se pensou em equilibrar com a defesa, o que demandaria a contratação de bons zagueiros de área. Só Junior Alonso e Arana não bastam. Além disso, o goleiro Éverson é meia-boca, Guga e Mariano são fracos para a lateral direita. E até agora Cuca parece não ter enxergado o problema ou finge desconhecer a situação, pois não exige da diretoria a contratação de jogadores para essas posições carentes.
* Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga
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