Acima a escala dos árbitros da terceira rodada do Campeonato Mineiro da segundona

Está na coluna do Fernando Rocha, no Diário do Aço, de Ipatinga. Uma boa dica para quem tem um time para torcer na segunda divisão estadual, chamada oficialmente de Módulo II pela Federação Mineira de Futebol.

* “Coluna Bola na Área – Fernando Rocha”

Por R$29,90, que achei bem razoável, foi possível adquirir o pacote para assistir todos os jogos do Tigre pela TV da Federação Mineira, uma ótima iniciativa da entidade, para dar mais visibilidade à competição. Mas falta caprichar na  qualidade da equipe de transmissão. Fiquei com pena da eficiente repórter, Cíntia Garcia, que teve de se desdobrar para segurar  a transmissão no jogo do Tigre, pois o narrador não demonstrava nenhuma   aptidão para o ofício. Me lembrou um ex-colega de rádio que só falava os nomes dos jogadores do  time da casa. Este da “TV FMF” não conseguiu nem isso. Deve ser boa gente, mas é ruim de serviço demais da conta. (Fecha o pano!)

Foco no Boca

O clássico disputado entre Coelho e Galo, no Independência, foi um jogo chato, tecnicamente fraco, muito porque o Atlético já estava focado no confronto contra o Boca na Argentina pelas oitavas da Libertadores.

O América vendeu caro a derrota de 1 x 0, e até mereceu ao menos o empate, pois jogou melhor o primeiro tempo, e parte da etapa final após sofrer o gol.

A imprensa da Argentina está dando muita importância à este jogo de logo mais, sobretudo depois da conquista da Copa América por sua seleção sobre a da CBF, o que levou milhares de torcedores às ruas de Buenos Aires para comemorar o título, que não ganhava há 28 anos.

Apesar de não ter a sua torcida na Bombonera, o Boca é sempre muito aguerrido e difícil de ser batido em casa, além de seus jogadores estarem descansados, pois a última vez que entraram em campo foi no dia 31 de maio, quando enfrentou o Racing pelo Campeonato Argentino.

Mas, isto pode ser uma “faca de dois legumes”, como diria o saudoso cartola coríntiano, Vicente Matheus, pois os jogadores “xeneizes” vão sentir falta de ritmo de jogo, enquanto os atleticanos vão sobrar neste aspecto, já que estão jogando a cada três dias.

Saga azul

A saga de sofrimento do Cruzeiro na Série B continua, e até  mesmo quando demonstra um desempenho coletivo melhor que seu adversário, acaba não conseguindo vencer. Foi assim no empate de 3 x 3 com o Botafogo, no Rio de Janeiro,  um jogo muito esquisito, que mais parecia uma pelada bem disputada, com seis gols marcados e muitos erros e trapalhadas dos dois lados.

De bom mesmo e que trouxe alguma esperança ao torcedor celeste, foi que o artilheiro Marcelo Moreno finalmente desencantou, marcou dois gols, um deles muito bonito em chute de fora da área. A síntese de tudo é que os dois times são muito ruins e, se continuar praticando esse mesmo futebol apresentado no sábado,  dificilmente conseguirão sair da Série B este ano, por conta de seus elencos fracos, consequência das loucuras financeiras  cometidas pelas suas  sucessivas diretorias.

FIM DE PAPO

• Como era esperado, foi excelente a final da Eurocopa entre Inglaterra e Itália, que estão mesmo em outro patamar. Os ingleses, pressionados por decidir em casa e não ganhar um título importante desde a conquista da Copa do Mundo de 1966, abriram o placar muito cedo, aos 2 minutos, mas cederam o empate na segunda etapa. A seleção italiana manteve a mesma frieza de sempre e nos pênaltis brilhou a estrela do goleirão Donnarumma, que acabou sendo eleito pela UEFA como o melhor jogador da competição. Título merecido da Itália, que sob o comando de Roberto Mancini deixou de lado a retranca e passou a praticar um futebol ofensivo bom de se ver.
• O fim de semana foi marcado por uma verdadeira overdose de futebol, que  nos obrigou a permanecer muitas horas ouvindo rádio ou na frente da TV. E quanta chatice desses “comentaristas”, que se acham moderninhos e mudam, inventam termos para justificar situações do jogo. Recuar virou “baixar linhas”, ir na bola virou “atacar a bola”, pressionar em busca do gol passou a ser “intensidade”, ponta virou “extremo”, enquanto os tais “analistas de arbitragem” nunca discordam dos assopradores de apito, mesmo com a imagem mostrando seus erros nas marcações.
• O Ipatinga perdeu mais uma na segundona mineira,  desta vez em casa, 1 x 0, para o Tupinambás de Juiz de Fora, que custou o emprego do técnico Alessandro Nunes, já substituído por Eugênio Souza. O jogo foi bem fraco, daqueles onde a gente costuma dizer que dá “calo nas vistas” de quem assiste. No primeiro tempo o Tigre ainda conseguiu levar algum perigo ao adversário, mas na etapa final foi facilmente dominado muito pelo preparo físico ruim dos jogadores.”

Por Fernando Rocha