No primeiro turno o Fortaleza virou no Mineirão e venceu por 2 a 1. Foto: Fernando Michel/ Hoje em Dia
A pausa no campeonato terá sido melhor para quem neste Brasileiro? Fernando Rocha avalia esta situação e a importância de uma vitória do Galo no Castelão, domingo. Na coluna Bola na Área, do Diário do Aço, de Ipatinga:
* “Rodada importante”
A 20ª rodada do Campeonato Brasileiro, a ser disputada neste fim de semana, poderá levar o Galo ao céu, ou ficar quase no inferno, dependendo dos resultados.
No cenário favorável, caso vença o Fortaleza neste domingo, fora de casa, contando com derrota do segundo colocado, Palmeiras, que recebe o Flamengo, no Allianz Parque, o time comandado pelo técnico Cuca pode terminar até 7 pontos à frente do alviverde paulista.
Por outro lado, se o pão com manteiga alvinegro cair virado prá baixo, derrota para o Fortaleza combinado com vitória palmeirense, o Galo ficará apenas um ponto à frente do vice-líder e seu atual maior perseguidor na briga pelo título.
Importante é que seja qual for o quadro, após os jogos desta rodada, o Atlético termina na liderança, pois qualquer resultado do Bragantino, outro integrante do G-4,em nada muda a sua situação.
Bom ou ruim
As opiniões são divergentes quanto aos benefícios ou prejuízos, devido à pausa no Brasileirão, que atingiu várias equipes por cederem jogadores à seleção da CBF, que disputa as eliminatórias da Copa de 2022.
Concordo com o que disse o “cérebro” e um dos principais protagonistas deste time atual do Galo, Nacho Fernandéz, que considerou a pausa “muy positiva”, pois não há elenco que resista, por mais que tenha quantidade e qualidade como é o caso do Atlético, a uma maratona de um jogo a cada três dias.
Mas há quem acredite que o time pode perder o ritmo ou embalo, mas só o resultado do jogo com o Fortaleza irá dizer quem está com a razão.
O ex-jogador Jair Pereira conquistou diversos títulos na carreira e foi um dos principais treinadores do nosso futebol até meados da década de 90, com passagem inclusive pelo Atlético de Madri onde conquistou uma Copa do Rei, mais até do que Vanderlei Luxemburgo, que nada conseguiu treinando os galáticos do Real Madrid.
Foi um técnico tipo bonachão, tiozão do churrasco no fim de semana, que falava a língua dos boleiros. Uma frase atribuída a ele entrou para o folclore do futebol brasileiro e talvez explique toda esta situação: “Maré, maré! Jacaré, jacaré!”.
FIM DE PAPO
· O técnico Lisca foi demitido ou pediu demissão, depois de sete derrotas, quatro vitórias e um empate à frente do Vasco da Gama, que soma 32 pontos em 9ºlugar na Série B nacional. Lisca virou garoto-propaganda do governo Zema, onde incentiva jovens a se inscrever no programa de cursos técnicos lançado pelo governo mineiro. Por ironia do destino no áudio promocional da peça publicitária, o técnico compara a estabilidade da formação ofertada pelos cursos, frisando ser “mais garantida” do que a dele. Lisca de doido não tem nada mas provou do próprio veneno.
· Muito carente de craques, que vão embora muito cedo jogar no exterior, o futebol brasileiro está vivendo agora um “boom” com o retorno de diversos deles, alguns nitidamente em fim de carreira, outros com idade e vigor físico para ainda jogar em alto nível. A lista dos repatriados é extensa: Hulk, Diego Costa, Dudu, Rigoni, Giuliano, Renato Augusto, Roger Guedes, Willian, Calleri, entre outros. David Luiz, o zagueiro marcado pelo chororô na seleção do 7 x 1, pode também integrar a lista dando mais competitividade ao esporte nacional.
· Artilheiro do Galo e considerado o melhor atacante em atividade no futebol brasileiro, Hulk foi convocado pelo técnico Tite para voltar à Seleção Brasileira, algo impossível se tivesse continuado na China. Nada contra, só acho que o salário pago a alguns destes jogadores está muito além da nossa realidade.
· Mas é muito bom ver o futebol brasileiro voltar a competir em um nível melhor ao que se tem visto nos últimos anos. Vivemos um momento difícil por conta da pandemia da Covid-19, com reflexos negativos em todos os setores da sociedade. O futebol não é um mundo à parte como pensam alguns irresponsáveis. Nossos grandes clubes sofrem menos, mas também passam por sérios problemas financeiros, por isso a retomada da presença do público nos estádios será fundamental para todos. (Fecha o pano!)
Por
* Por Fernando Rocha
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