Eu era fã deste camarada, pelo tanto que joga e pelo estilo de vida descontraído, bem humorado. Mas, todo ser humano tem as suas susceptibilidades, não é? Disse o pensador romano Públio Terêncio, que “tudo o que é humano não me é estranho”.
Como pode, depois de tantas mortes e confusão provocadas pela Covid e depois de tantos estudos que comprovaram a eficácia da vacina, alguém de nível social e cultural como ele se recusar a vacinar.
E pior: colocar em risco outras pessoas. E mais grave ainda, tentar burlar as leis e os cuidados de um outro país. Ainda mais a Austrália, onde a população segue as regras à risca e cobra das autoridades que não haja privilégio para ninguém.
Em 2004 eu estava lá, cobrindo os Jogos Olímpicos e acompanhando um “escândalo” que ocupava grandes espaços de toda a imprensa deles: o Primeiro Ministro viajou à vizinha Nova Zelândia, para uma reunião de trabalho, e não declarou o seu notebook, de uso pessoal, na saída do país.
No retorno, a polêmica estava instalada, pois o homem infringiu as regras e teria que arcar com as consequências. Pedido de desculpas não resolvia.
A Olimpíada terminou, embarquei de volta para cá e o assunto continuava rendendo, já que o parlamento discutia que se o homem teria de renunciar ou se receberia uma carta de repúdio, o que acabou acontecendo.
E aí chega o senhor Djokovic se fazendo de bobo para um assunto tão sério. Ficou 10 dias detido e agora mandado de volta à Sérvia, terra dele.
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