Foto: Globoesporte.com
Todos os movimentos da maioria dos dirigentes de clubes, federações e CBF são no sentido de dificultar a ida do torcedor aos estádios, de prestigiar o time do coração presencialmente. Eles querem que o torcedor compre pacotes de TV, para que as emissoras paguem a eles mais e mais. Que o torcedor fique em casa, curtindo futebol de todas as partes do mundo, do sofá, o dia inteiro, a noite inteira.
Para isso, decidem preços e sistema de venda na última hora. Comprar pela internet é cada dia mais difícil e os ingressos custam cada vez mais os olhos da cara. Ir com a família, fica numa fortuna. O transporte é complicado.
O América fará uma sequência de jogos pela Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro em casa. O Marcio Amorim, presente em quase todos os jogos em Belo Horizonte, apresenta argumentos e sugestões que deveriam ser levados em consideração pela diretoria do Coelho e demais clubes da capital.
Vale a pena ler o que ele escreveu:
“Sugestão: 40,00 e 20,00
Só sugestão, sem tentar interferir na contabilidade do clube. Coisa, aliás, de que não entendo nada”
Caro amigo!
Estamos em véspera de entrar na fase muito séria e pesada da Libertadores. Diante do que tenho ouvido falar sobre a tumultuada venda de ingressos pela internet para o jogo de sábado, penso de devemos alertar os nossos dirigentes, em especial do América, para a sequência desumana de jogos, tanto para atletas como para torcedores. Em tudo isto, destaca-se a forma de negociar os ingressos e o preço. Nunca tinha visto nada tão fácil de burlar como o tal ingresso impresso. O meliante compra um e imprime várias cópias que não passarão nas catracas, mas serão vendidas fora do estádio. O meliante vende as cópias e se refugia no estádio, entrando com a original. Ninguém pagará de novo, ou seja, ele não será incomodado. Quanto ao preço, interessa mais ao América. Estamos em um ótimo e raríssimo momento em que se deve pensar no aumento da torcida. Seja na busca de novos torcedores, abrindo os portões para crianças e mulheres, seja colocando um preço acessível adequado aos gastos que o clube terá. Não é hora de pensar em lucro, que nunca houve nas bilheterias. Sei que é complicado administrar o América com a pequena torcida que tem, mas a competência dos diretores está exatamente no fato de que eles têm conseguido e feito milagres. Um pouco mais de esforço e teremos novos torcedores e a volta dos que viraram as costas para o time. Um estádio cheio, a preços, digamos, humanos, é estímulo para os atletas, é bonito de se ver e não vira chacota na imprensa, principalmente a mineira. Ademais, atleticanos, cruzeirenses e, principalmente vilanovenses, sabidamente neutros, que gostam de futebol, ajudam a encher o estádio. Só que, até que aconteça o pior com eles, estarão envolvidos com a sequência desumana de jogos também. Pior: porque têm demanda, colocam preços igualmente desumanos. Vale lembrar que o América fará 4 jogos seguidos em BH pela Libertadores, intercalados com Copa do Brasil e Série A. Peço, apenas um pouco de cálculo, compreensão e lucidez e viva o ingresso de bilheteria! Grande abraço!
* Marcio Amorim
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