Na final da Libertadores, entre Boca x River, no Santiago Bernabéu, em Madri, 2018, ele marcou o gol inicial da partida e fez essa careta por trás do lateral Montiel.

O River virou, foi campeão e o atacante do Boca que dar muitas explicações sobre o seu gesto. Foi humilde e honesto ao dizer na época:

__ Eu não sabia como comemorar a emoção de um gol naquela partida e fiz aquilo. Somos colegas, não passou daquilo e em nenhum momento tive qualquer intenção de debochar dele.

Mas, ficou marcado e a imagem correu o mundo. Depois ele foi jogar na França (Marselha), Bélgica (Elche) e retornou ao Boca para a atual temporada.

Contra o Corinthians, terça-feira, iniciou novo inferno na vida dele ao errar dois pênaltis, que eliminaram o time argentino da Libertadores.

Ontem ele foi o personagem principal de toda a mídia argentina e das redes sociais do continente. Nas TVs de Buenos Aires esmiuçaram a vida dele, inclusive mostraram outras cobranças de pênaltis, maioria absoluta certeiras, no mesmo estilo de sempre: chute muito forte e nos cantos.

No Canal T y C Sports, mostraram a zoação dos corintianos para cima do moço, com carteirinha da da torcida Gaviões da Fiel. E claro, mostraram de novo, muitas vezes, da careta de 2018.

Darío Benedetto está com 32 anos de idade, começou no Arsenal de Sarandi em 2008. Depois foi para o Defensa y Justicia e Gimnasia de Jujuy. Em 2013 foi para o futebol mexicano, onde jogou no Tijuana e América. Em 2016 teve a sua primeira passagem pelo Boca, onde ficou até 2019, quando foi para o Olympique de Marselha.

E nos caracteres apresentados pelo canal argentino, a faceta racista que ainda impera em muitas frases e expressões, muitas vezes sem a intenção de ofender. É o racismo estrutural, quase imperceptível, cristalizado na cultura de um povo.