Essa imagem diz muito. Quando as coisas não vão bem com o time, parte-se para cima da arbitragem ou algum outro bode expiatório.
No Brasil, jogadores e treinadores pressionam, falam absurdos, gesticulam e encostam, esbarram e agridem de alguma forma árbitros e auxiliares e raramente acontece alguma coisa com eles. Como este “carinho” do Cuca no quarto árbitro.
Fosse certeiro no pênalti, Henrique Almeida, teria marcado dois gols, sairia como herói do clássico e afundaria o Galo numa crise.
E seria uma vitória justa do Coelho. Mas Everson, salvou a pátria alvinegra.
Foto: Mourão Panda / América
Dentro de campo, muitos passes errados e mais reclamações contra o árbitro.
Pedro Souza/Atlético
Por essas reclamações, Hulk tomou seu quinto cartão amarelo no campeonato
Na entrevista coletiva pós-partida, dentre outras obviedades, Cuca disse:
– Tivemos volume de jogo, mais posse e finalização. Falta pra gente contundência e efetividade nas finalizações. Escolher melhor as jogadas. São segundos de tempo para pensar, e não está ocorrendo corretamente.
Tudo que eu podia fazer como treinador, e eles como jogador, foi feito nessa semana de treino. Talvez não surtiu efeito hoje, mas temos jogos, e pode surtir efeito nessa sequência aí.
Faz lembrar o antecessor Turco Mohamed quando o time começou a tropeçar.
A fala do maior jogador e maior liderança do time também não foi nada animadora sobre a fase:
_ Não podemos perder a fé, a vitória tem que voltar, não é possível
Quando joga para Deus, é porque o trem tá feio mesmo.
Tenho para mim que o grande problema é o ambiente entre jogadores e comissão técnica. As declarações do Hulk, criticando a defesa, o afastamento do Vargas, que foi exposto pelo próprio treinador como o grande culpado pela eliminação da Libertadores, enfim.
E hoje, antes do jogo, esta informação no twitter, que nada acrescenta para unir o grupo, muito pelo contrário: “Devido a entrevista ao GE, ao expor muitas informações internas e pessoas, o atacante Eduardo Vargas foi multado e vetado do confronto de logo mais. Jogador tem um dos salários mais altos do elenco, e vive extracampo, uma fase complicada no clube.”
No mais, jogo bem abaixo da expectativa, principalmente no segundo tempo:
América
Matheus Cavichioli, Cáceres (Patric), Éder, Ricardo Silva e Marlon; Lucas Kal, Juninho, Martinez (Matheusinho); Felipe Azevedo (Pedrinho); Everaldo (Aloísio) e Henrique Almeida (Wellington Paulista)
Técnico: Vagner Mancini
Atlético
Everson, Mariano, Réver, Alonso (Nathan Silva) e Arana; Allan, Jair e Zaracho (Nacho); Ademir (Pedrinho) (Rubens), Hulk e Pavon (Keno)
Técnico: Cuca
Arbitragem: Ramon Abatti Abel, auxiliado por Rafael da Silva Alves e Thiago Americano Labes
VAR: Rafael Traci
Cartões amarelos: Éder, Henrique Almeida, Juninho, Pedrinho (América), Allan, Alonso, Hulk, Keno (Atlético)
Gols: Hulk, aos 9 minutos, 1 x 0; Henrique Almeida, 1 x 1, aos 18, também do primeiro tempo.
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