No Brasil, com a onda das SAF´s, uma enxurrada de clubes estão entrando nessa, tornando-se empresas. Nos países em que isso já ocorre há muito tempo essas notícias de compras e vendas são comuns no dia a dia. Na Itália, a troca de mãos de pequenos, médios e grandes está na mídia de forma permanente.
E assim como qualquer empresa, dependendo do novo administrador, a situação melhora ou não. No caso do futebol, se o novo dono não entender nada de futebol, é ferro na certa, pois não basta ter dinheiro; tem que saber contratar os profissionais certos para os lugares certos.
Em 2016 a Inter de Milão foi comprada por um grande grupo chinês. No inicio de 2021, havia rumores de que os novos donos não estavam satisfeitos com os resultados financeiros e que poderiam passar o negócio adiante.
Hoje, está nas manchetes italianas, aqui no La Gazzetta Dello Sport:
“Inter in vendita. Zhang cerca soci o cede” (Inter à venda. Zhang procura parceiros ou vende)
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No dia 19 de fevereiro do ano passado o Globoesporte.com já informava:
“Grupo dono da Inter de Milão confirma corte de gastos e alimenta possível venda do clube”
Zhang Jindong, proprietário do grupo Suning, afirma que empresa vai voltar a focar no varejo e “cortar negócios irrelevantes”. Rumores indicam que clube pode ser vendido a grupo britânico
As especulações de uma nova venda da Inter de Milão ganharam ainda mais força nesta sexta-feira, por conta de um comunicado da empresa que atualmente comanda o clube. O proprietário do Grupo
Suning, Zhang Jindong, fez um pronunciamento confirmando a crise financeira do conglomerado chinês, indicando que será necessário o corte de gastos. A Inter poderia, desta forma, ser vendida para fazer caixa e pagar dívidas.
– Devemos focar em nosso principal campo de batalha, iniciar a subtração, redesenhar a linha de ação. Vamos nos concentrar no comércio de varejo de forma determinada. Fechar e cortar os negócios irrelevantes para o varejo, sem hesitar – afirmou Jindong. (https://ge.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-italiano/noticia/grupo-dono-da-inter-de-milao-confirma-corte-de-gastos-e-alimenta-possivel-venda-do-clube.ghtml)
Ontem, na revista Exame Invest, mais detalhes:
* “Inter de Milão, ex-time de Ronaldo e Adriano, está à venda”
O time foi comprado em 2016 pelo grupo chinês varejista Suning, que encontra fortes dificuldades por causa da migração para o comércio eletrônico
Quem quer comprar um time de futebol? Ainda mais se for um time supertitulado com a Inter de Milão.
Segundo o Financial Times, a Inter foi colocada à venda pelo seu proprietário, o grupo Suning, que teria contratado o banco de investimento americano Goldman Sachs (GSGI34) e o grupo Raine para encontrar um comprador.
Há semanas haviam boatos sobre o futuro do time italiano, que foi comprado por € 270 milhões em 2016 pelo conglomerado chinês baseado em Nanjing, cujo negócio principal é a venda de produtos eletrônicos e que adquiriu o clube durante uma onda de investimentos chineses no futebol europeu.
Suning, controlado pela família chinesa Zhang, registrou uma redução no faturamento por causa da migração dos consumidores para as compras online. A alta dívida de curto prazo do grupo também a expôs a condições de crédito mais restritivas na economia chinesa. Em fevereiro do ano passado, a Suning foi rápida em captar novos financiamentos para compensar a queda na receita da Inter causada pela pandemia, obtendo um empréstimo de US$ 275 milhões da Oaktree Capital, especialista em fornecer recursos para empresas em dificuldades.
Poucos meses depois, a própria Suning foi socorrida pelo governo chinês e pelo gigante de comércio eletrônico Alibaba com uma injeção de US$ 1,4 bilhão em novo capital. Uma escolha que tem dado cada vez mais peso aos boatos que apresentavam uma dificuldade objetiva na possibilidade do grupo chinês manter a propriedade do time de futebol no longo prazo.
Em janeiro deste ano, a Inter voltou ao mercado, pedindo mais financiamentos. No mês passado, a diretoria do time aprovou o último conjunto de contas do clube, que apresentou receitas por € 440 milhões e um prejuízo de € 140 milhões no período 2021/2022. O clube informou que o acionista majoritário decidiu não manter a propriedade. Com isso, entraram em cena os dois bancos de investimento que agora têm de encontrar um comprador.
O grupo Raine, uma butique financeira americana, liderou a venda recorde do Chelsea de £ 2,5 bilhões neste ano.
Futebol italiano cada vez mais interessante para estrangeiros
O futebol italiano tornou-se um destino cada vez mais popular para investidores internacionais. Roma, Atalanta, Fiorentina e Gênova estão entre vários clubes agora controlados por proprietários americanos.
Este ano, o grupo de investimentos americano RedBird Capital comprou o rival da Inter, o Milan, em um acordo no valor de € 1,2 bilhão, um recorde para um clube de futebol europeu fora da Premier League inglesa.
No entanto, o futebol italiano apresenta vários desafios para os investidores em comparação com outras ligas europeias, como baixas receitas oriundas de transmissões de televisão e necessidade urgente de atualização dos estádios.
https://exame.com/invest/mercados/inter-de-milao-adriano-ronaldo-venda/
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