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Morre Romualdo Arpi Filho, árbitro que ajudou o Flamengo contra o Atlético em 1980 e apitou a final da Copa do México 1986

Foto: Fifa.com

Era um bom árbitro e ficou conhecido como “coluna do meio” (alusão à loteria esportiva) porque adorava um empate. Sendo assim, foi escalado pela CBF para a primeira partida da final do Brasileiro de 1980, no Mineirão. Atlético e Flamengo tinham times espetaculares e qualquer fator extracampo poderia faria diferença. Um empate em Belo Horizonte seria considerado vitória pelos cariocas, que jogavam sem Zico, machucado. Fariam do Maracanã um “caldeirão” no jogo da volta.

E quase conseguiu. Romualdo Arpi Filho travou a partida do princípio ao fim, apitando faltas a todo momento. Segurou o Atlético, cujas principais características eram a velocidade e a habilidade da maioria dos jogadores. Cerezo, Palhinha, Pedrinho, Reinaldo e Éder não conseguiam jogar a bola deles, já que a todo momento havia interrupções. Foi só 1 a 0, gol do Reinaldo. O mesmo Rei que, em outro lance, tomou um soco na boca do volante Andrade, quando se preparava para invadir a área rubro-negra. Romualdo deu a falta, mas não expulsou o agressor.

Procópio Cardozo, que era o técnico do Galo, lembrou hoje, no twitter dele, ao falar sobre o árbitro: @procopiocardozo “Anulou dois gols do Atlético e não marcou um pênalti escandaloso no Reinaldo”.

Só 1 a 0 e os flamenguistas soltaram foguetes. No Rio, Zico jogaria e outro árbitro, José de Assis Aragão, completaria o serviço.

Em 1986, Romualdo Arpi Filho apitou a final da Copa do México, em que Maradona e cia. estraçalharam. Entre os brasileiros, só ele e Arnaldo César Coelho apitaram final de Copa. Arnaldo, em 1982, a conquista da Itália sobre a Alemanha.

Que o Romualdo descanse em paz. Era uma pessoa educada, gentil, mas carregou essa nódoa pelo resto da vida, de ter errado demais, estranhamente, naquele 1 a 0 no Mineirão.

Vida que segue.


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