Foto: Pedro Souza/@Atletico
Fernando Rocha defende que Ipatinga entre de sola na disputa e leve este jogo para lá, sob vários argumentos consistentes. Na coluna dele, nesta terça-feira, no Diário do Aço, de Ipatinga:
* “O clássico Cruzeiro e Atlético, marcado para o dia 3 de junho, às 18h30, pelo Brasileirão, não será disputado em Belo Horizonte, pois o Mineirão vai estar ocupado por um show artístico, enquanto o América tem jogo no Independência. Sem dúvida trata-se de uma grande oportunidade para que a atual administração municipal mostrar serviço e entrar na disputa para sediar este grande evento, que já foi realizado duas duas vezes no Ipatingão.
Em 1996, vitória do Galo por 2 x 1; 2001, houve empate de 1 x 1. Nos dois jogos, o “Gigante do Parque Ipanema” recebeu lotação máxima, sem registro de qualquer incidente grave. Uberlandia, para onde o jogo está se encaminhando, fica distante 600 Km da capital, enquanto Ipatinga está apenas 200 Km. Além da localização privilegiada, aeroporto que opera voos nacionais em boas condições, a população do Vale do Aço, majoritariamente, torce pelos times da capital, sobretudo Cruzeiro e Atlético, enquanto no triângulo mineiro a preferencia absoluta é dos times paulistas.”
Vitória justa
A vitória da Raposa era esperada pelo bom momento vivido pela equipe, mas a goleada de 4 x 0 sobre o Coelho foi outra surpresa do time comandado pelo técnico Pepa, que ainda quebrou um tabu de sete jogos sem vencer o rival.
O primeiro tempo foi equilibrado com chances dos dois lados, mas quando o jogo caminhava o fim saiu o gol de Henrique Dourado, uma das surpresas na escalação inicial celeste.
No segundo tempo a partida também começou equilibrada, mas a partir do segundo gol marcado pelo lateral Marlon, completando um cruzamento perfeito de Willian, só deu Cruzeiro, que chegou com facilidade ao terceiro e quarto gols, ambos marcados por Gilberto, que desencantou de vez com a camisa celeste.
O Cruzeiro confirmou sua boa fase, venceu e se manteve no G-4, enquanto o América foi um time desorientado e perdido, que dá pinta de caminhar a passos largos para outro rebaixamento.
Dever cumprido
A torcida compareceu em grande número, – quase 40 mil pagantes -, sábado, no Mineirão, apesar do horário de “festa de casamento”, 21hs, confiante na vitória do Atlético, que cumpriu bem o dever de casa e derrotou o time misto do Internacional por 2 x 0.
Fez o primeiro gol cedo, 2 minutos do primeiro tempo, através do criticado Vargas, de cabeça, recebendo um cruzamento na medida feito por Pavón, outra vez destaque da equipe.
O imprevisível Coudet poupou Hulk, que só entrou por volta dos 15 minutos da segunda etapa, suficiente para desequilibrar a partida em favor do Galo, criando constantes situações de perigo e dando assistências aos companheiros, inclusive a que resultou no segundo gol marcado aos 49 por Paulinho.
A tão sonhada evolução do time parece mesmo ser realidade, após duas vitórias seguidas sobre Cuiabá e Internacional, mas a maioria da torcida ainda quer esperar um pouco mais, para só então acreditar que os jogadores entenderam e abraçaram as idéias do técnico Coudet.
Bom saber que os dirigentes da MLS, liga dos Estados Unidos, resolveram também investigar o escândalo das apostas aqui no Brasil, depois que Max Alves, hoje jogador do Colorado Rapids, foi citado na “Operação Penalidade Máxima II”. O ex-meia do Flamengo teria tomado um cartão amarelo após combinar propina de R$60 mil, sendo R$ 35 mil adiantados, em setembro do ano passado contra o LA Galaxy. Quando os americanos entram na parada o bicho pega. Foi assim em 2016, quando o FBI desmantelou a quadrilha que dominava a corrupção na Fifa há décadas, o que resultou na renúncia do então presidente, Joseph Blatter e a prisão do ex-presidente da CBF, José Maria Marin.
Impressionante a cara de pau de alguns jogadores ao tentar justificar seus próprios fracassos. Vargas é um deles, pois não vem rendendo nada que justifique o salário de R$ 800 mil mensais que recebe do Galo. Mesmo assim, após fazer o gol no último sábado contra o Internacional, levou as mãos nas orelhas, ironizando a torcida que anda pegando no seu pé com toda razão. Vale lembrar que o chileno havia marcado seu último gol com a camisa do Galo no dia 3 de março deste ano, na vitória sobre o Democrata/GV pelo estadual, ou seja, mais de dois meses atrás, ou 11 jogos seguidos de secura. Ganhou o “Troféu Óleo de Peroba” da rodada. (Fecha o pano)
* Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga
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