Blog do Chico Maia

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Simpatia uma ova! Aqui é Galo porra!

O problema de se contratar publicitários de outros estados e até de outros países é que eles não  conhecem a realidade local e, no caso do futebol, as características de cada rivalidade, de cada torcida. Por mais famoso e competente que seja o publicitário ou produtor, a chance de ele quebrar a cara por algum detalhe é enorme.

Lembram da chamada que a Globo fez para a transmissão da final da Copa do Brasil de 2014 entre Atlético  e Cruzeiro?

O camarada lá no Rio de Janeiro pôs a música Vou festejar, da Beth Carvalho, para se referir ao Galo; tudo certo. Mas, ficou sabendo que Milton Nascimento era cruzeirense e para se referir à Raposa tacou a música Maria Maria.

Putz!  Ora, ora… que confusão que o sujeito arrumou, na melhor das intenções. Diante de  tanto protesto, da diretoria e da torcida, a Globo mudou o mais rápido possível, mas é xingada por muitos cruzeirenses até hoje.

Recentemente o Ronaldo fenômeno mandou um publicitário dele, lá do Rio também, dar uma “repaginada”, no  Raposão e Raposinho e deu no que deu, né? Cancelou logo e fez renascer o velho, pançudo com cara de mau e original Raposão!

Agora, o Atlético contratou um “fodão” nacional que nunca deve ter assistido a uma partida do Galo, nem pela TV.

Esta semana saiu com essa de que o Atlético é o clube mais “simpático” do Brasil, que a torcida recebe bem todo mundo na Arena MRV, e essas coisas.

A quase totalidade dos atleticanos ficou “p” da vida e protestou, via redes sociais. O Vitor Colares, um dos maiores publicitários que conheço, e atleticano raiz, do bairro Concórdia, foi para o computador e deu uma nova cara ao material, mandando a delicadeza e fidalguia com os adversários praquele lugar. Ao invés de “Arena MRV, a casa do time mais simpático do Brasil”, mandou ver: “… e pra você que vem de fora,  tenho uma má notícia: quando você entrar aqui, vai rezar  pra nunca mais voltar! Arena MRV; bem vindo ao inferno! Aqui é Galo” .

Gostei muito mais dessa versão do Vitor, aprovada também pela unanimidade dos atleticanos que se manifestaram sobre o assunto.

Galo é Galo e “fecha o pano”, como diz o Fernando Rocha, de Ipatinga


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Comentários:
8
  • Juca da Floresta disse:

    Com o objetivo de conquistar mais torcedores ao redor do Brasil e “nacionalizar” a marca do clube, o Atlético-MG, O TIME MAIS SIMPÁTICO DO BRASIL, contratou Nizan Guanaes, um dos mais renomados publicitários do país e que também é embaixador da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.

  • Jerônimo disse:

    Quando eu falo que essa diretoria que arrendou o Atlético é amadora….acham que é exagero meu. O mais distraído dos atleticanos conhece a célebre a frase: https://twitter.com/OCantoOficial/status/1283617406464688134

  • Alisson Sol disse:

    Ironia. É só inverter e fica totalmente correto. Como diz um colega: até a palavra que melhor descreve o time começa com “anti”!

  • Jesum Luciano da Silva disse:

    O galo sendo galo, quando começa a ajeitar aparece uma dessa,toda hora é uma invenção para queimar dinheiro, quer expandir a marca mantém um time sempre ganhando títulos, o resto e gastar dinheiro ( que não tem) com perfumaria. Ajuda ai

  • Júlio Soares disse:

    Essa diretoria do Galo é um tiro no pé.

  • Pedro Vitor disse:

    Não tinha visto isso aí não, que furada hein

    Não sei de quem foi essa ideia de nacionalizar uma coisa que já é nacional há décadas

    Gente se fizer o Atlético de novo, provavelmente vão errar tentando acertar, porque o clube do Atlético, tem uma história muito significativa, as cores preto e branco, a união de povos, classe alta e classe baixa, desde os primórdios, é inexplicável, é de uma simplicidade, na época, o Cruzeiro e o América, não aceitavam a união, eram contra, eram elite, cheio de gente escrota comandando os clubes, o América perdeu muita torcida com isso, e o Cruzeiro, teve que se adaptar ao tempo, e seguiu passos do Rival para crescer.

    Não tem como apagar a imagem linda que o Atlético criou, talvez isso, que fez, a torcida se apaixonar pelo clube e vice-versa, criar esse clima, sururu, que contagia a todos de fora

    Aí vem um cidadão, que não sabe nem o que é “tropeiro”, dá pitaco como diz no interior, “ahhhh neeem”

    • Claudio disse:

      Boa tarde Pedro.
      Não quero ser ofensivo, de forma alguma, mas a história é um pouco diferente da que você contou.
      Atlético e América foram os times da elite de Belo Horizonte. O Cruzeiro foi o time dos trabalhadores e imigrantes italianos que residiam em belo Horizonte à época.
      Só uma pequena correção ao seu texto.
      Bom fim de semana a todos.

      • Luiz disse:

        Prezado Claudio, não quero me intrometer na sua réplica, mas o Galo sempre foi o time do povão, dos trabalhadores , da gente simples de Minas. Teve um pouco de influencia dos Sírios e Libaneses estabelecidos na rua dos Caetés e adjacências, muito em função do Said que foi jogador do Galo.
        O América, esse sim, foi uma dissidência do Galo com alguns atletas rebelados e que fundaram o Coelho. A elite belorizontina abraçou a idéia. Já o Cruzeiro foi criado pelos italianos que vieram para trabalhar na expansão de BH e acabaram se estabelecendo por aqui. Tanto é que em função da guerra tiveram que mudar de nome ( De Palestra para Yale depois Ipiranga e finalmente Cruzeiro). Era uma torcida pequena e que só cresceu após a construção do Mineirão. Abraços.