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Parabéns a Rivelino, 78 anos hoje. Em 1986 ele “perdeu” a cabeça no México

Ele era “esquentado” dentro de campo, mas fora, educadíssimo e muito solícito. Perdeu a cabeça no dia da abertura da Copa do México apenas nessa foto, quando era entrevistado por mim, no Estádio Azteca, onde ele brilhou na Copa do Mundo de 1970, ajudando o Brasil a conquistar o tricampeonato mundial.


A história da foto é simples: na maior boa vontade o saudoso comentarista Alair Rodrigues pegou a minha máquina fotográfica para registrar este momento importante para mim, em minha primeira cobertura de Copa do Mundo, pela Rádio Inconfidência. Só que ele não era bom de “mira” e simplesmente cortou a cabeça do Riva. Como naqueles tempos o resultado das fotos só era conferido tempos depois, quando o filme era revelado, tivemos essa surpresa, da “mutilação” do grande ex-craque.
Ídolo no Corinthians (1965 a 1974), depois no Fluminense, três Copas do Mundo, Roberto Rivelino, é paulista, da capital, nascido em 1º de janeiro de 1946.


Apesar de todo o prestígio como um maiores jogadores da história do nosso futebol, sempre foi de uma simplicidade impressionante no trato com a imprensa e com as pessoas em geral. Fora de campo, frise-se, já que, dentro, tinha pavio curto. Entrou para a história a perseguição que ele sofreu no Maracanã, do lateral esquerdo Ramirez, depois de um Brasil 2 x 1 Uruguai pela Copa Atlântico, em 1976.


O uruguaio esperou o árbitro apitar o fim da partida para tentar dar o troco de um soco que levou do Riva durante os 90 minutos. Não conseguiu. Apanhou de quase todo o time brasileiro, mas o tombo que o Rivelino levou durante a fuga também entrou para a história. O perfil
@CuriosidadesBRL lembrou o lance hoje:

Rivelino era também o maior ídolo e inspiração de Diego Maradona que falou isso em várias entrevistas durante a sua vida. Como nessa ao Luciano Júnior, na TV Bandeirantes em 1993:

Durante a Copa de 2014, a rede de televisão argentina Telesur, promoveu encontro entre eles no programa ”De Zurda” (De Canhota), apresentado por Maradona

Foto/Divulgação

Chegando ao Estádio Azteca para a abertura da Copa de 1986, Alair Rodrigues, o autor da foto (esq.), eu, o ex-árbitro e comentarista José Alberto Teixeira e o locutor Vilibaldo Alves

Infelizmente o Alair se foi em maio de 2012, o José Alberto em outubro de 2021 e o Vilibaldo em junho de 1994


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Comentários:
2
  • Pedro Vitor disse:

    Conheci, o Alair Rodrigues, aqui em Lagoa Santa, morava perto de onde trabalhava, e havia uma “vendinha”, quase todos os dias ele ia lá, tomar uma cervejinha!

    Nas imagens, nota-se, também, que o Rivelino, dar um drible de corpo “a la Garrincha”, no Uruguaio, e vai, caindo as escadas!

  • Marlon Brant disse:

    Chico, bom dia, Feliz ano novo a todos nós, que 2.024 seja o ano da Resiliência !!!! Dois dos meus ídolos no Futebol, como comecei a jogar futebol da ponta esquerda, lá no Pitangui nos meados de 1.980, tinha como ídolos todos os jogadores que eram canhotos, Maradona, Rivelino, Zé Sergio, Eder Aleixo, Joaozinho, Edvaldo e por ai vai pois o lateral que marca o canhoto passa mal, pois o drible sempre sai para fora, ganhando sempre mais espaço. Depois fui tentar ser goleiro e quando vi que não tinha espaço para seguir no futebol, resolvi entrar para a área de Tecnologia, onde estou até hoje. Sempre vou admirar os canhotos e não podemos deixar de lembrar do Alex Talento, o maestro de 2.003. Abraços !!!!