Jerônimo disse:

Chico,
Quem viu, viu…quem não viu, não verá.

Coisas que acabaram com o futebol arte no Brasil:
– a profissionalização das categorias de base. Não existem mais peneiras ou testes no terrão. Para acessar um clube e apresentar uma jovem promessa… só com empresário a tiracolo.
– a negociação precoce dos poucos jovens talentos para o exterior.
– fim dos campos de várzea, onde vários craques aprendiam o “Bê a Bá” do futebol.
– os casinos online manipulando os resultados dos jogos, inclusive jogos das categorias de base.
– o amadorismo na gestão dos clubes.
– a lei Pelé, que transformou os jogadores em ativos nas mãos dos empresários. Nenhum jogador passa mais do que 3 temporadas em um mesmo clube, pois é preciso que esse jogador seja constantemente negociado para gerar ganhos ao seu senhor, digo, empresário.
– a gourmertização dos estádios, fato que afasta o “torcedor raiz”, aquele que vive o futebol em troca do simpatizante que vai ao estádio para tirar selfie.
– a dobradinha mídia+redes sociais+patrocínio+atleta mediano…tudo junto e misturado para transformar um “João Qualquer” em craque.
– a falta de critério para as convocações da seleção brasileira.
– a valorização excessiva do fator força física, na seleção dos jogadores. Quase não se vê atletas de baixa estatura nas categorias de base. Só se aproveita atletas com porte físico para serem vendidos para o exterior.

Reinaldo, 1,72
Tostão, 1,72
Garrincha, 1,69
Romário, 1,67
Nenhum desses, pelo porte físico, seria aproveitado nos dias de hoje.

Eu me pergunto: quantos craques estão por aí sem serem vistos?
Qual foi o último craque revelado pelo Galo e que JOGOU de forma ativa e decisiva no clube? Bernard? Marcos Rocha? (Savinho é craque, mas praticamente não jogou pelo Galo)

Por isso, repito: Quem viu, viu…