Será que a teoria dele é correta?
Resumo das palestras do Footecon enviado pela Textual Comunicação:
* FALCÃO DEFENDE NO FOOTECON QUE SE PROÍBA CRIANÇAS DE ATÉ 11 ANOS DE JOGAR FUTEBOL DE CAMPO
Melhor do mundo no futsal acredita que isso contribuirá para o desenvolvimento dos fundamentos dos jovens atletas e melhorará, posteriormente, seu desempenho nos gramados
Ney Franco revela que Seleção adotou o mesmo esquema de jogo em todas as suas categorias e quer levar filosofia às divisões de base dos clubes
Parreira comemora sucesso da oitava edição do Footecon e diz que será desafio superá-la no ano que vem
Considerado o melhor jogador do mundo de futsal, o ala Falcão defendeu na tarde do segundo dia do Footecon, nesta quarta-feira, 7 de dezembro, no Hotel Copacabana Palace, que crianças de até 11 anos devem ser proibidas de entrar num campo de futebol. Ele participou do debate que marcou a estreia do futsal na programação do Footecon, onde o ex-jogador Manoel Tobias falou sobre as muitas semelhanças que vê entre a modalidade e o estilo de jogo do Barcelona no futebol de campo.
“No futsal, um garoto de 11 anos toca 20, 30 vezes na bola num tempo de jogo. Quantas ele toca no futebol de campo no mesmo período? Por isso acho que deva se proibir as crianças até 11 anos entrarem num campo de futebol”, defendeu Falcão. “Um jogador de futsal, quando passar para o campo, caso vire um zagueiro e receber uma bola em condições de finalizar para o gol, saberá o que fazer. Esse mesmo jogador, se precisar ser escalado como volante, terá qualidade no passe. Ou se o garoto for um atacante e receber alguma função tática defensiva, estará acostumado com isso se for oriundo do futsal. Mas é preciso um acompanhamento e maior integração. Por que o auxiliar técnico da equipe sub-15 de um time de futebol de campo não pode ser o tre inador do futsal da mesma faixa etária? Ano passado dei uma palestra no Manchester City e soube que no novo Centro de Treinamento há duas quadras de futsal”, prosseguiu Falcão.
“No futsal, a coordenação motora é desenvolvida muito rápida e as crianças aprendem a tomar decisões o tempo todo. Hoje, todos se assombram com o Barcelona. E é por causa da essência de futsal do time: toques rápidos, alto índice de passes certos, deslocamentos constantes, uso dos dois pés pela maioria dos jogadores e até jogadas de pivô. Joguei por quatro anos na Espanha e uma vez vi o Messi treinando nas categorias de base do Barcelona e me surpreendi, pois tinham várias quadras de futsal. Todos os grandes clubes não podem perder tempo: precisam incluir o futsal no contexto do futebol de campo”, defendeu Manoel Tobias.
Coordenador das divisões de base da Seleção Brasileira, Ney Franco revelou em sua palestra um acordo que fez com todos os técnicos das categorias Sub-15 e Sub-17. Devido a um pedido de Mano Menezes, todas as divisões da Seleção usam uma linha de quatro jogadores na defesa – no meio, são livres para criar. A ideia é que esse estilo de jogo seja reproduzido também pela base dos clubes brasileiros a partir do ano que vem. O projeto deverá ser tratado em dois seminários da CBF com coordenadores e treinadores das divisões de base no ano que vem.
O ex-árbitro colombiano Oscar Ruiz participou do fórum falando sobre como os treinadores podem ajudar ou prejudicar a arbitragem. O instrutor de arbitragem da Fifa deu vários exemplos sobre as personalidades dos treinadores sul-americanos e europeus, indicando que a grande diferença entre eles é o temperamento e a educação durante os 90 minutos. Ruiz salientou que a Fifa precisa estar sempre atenta, a ponto de ter que rever as regras, como foi feito quando o Brasil criou a já proibida paradinha nas cobranças de pênalti.
Fechando os debates do Footecon, o publicitário Washington Olivetto relembrou o início do marketing no futebol brasileiro quando o apelido de Leônidas da Silva, o “Diamante Negro”, virou marca de chocolate. Com a exibição de diversos filmes publicitários premiados, Olivetto analisou o futebol como um assunto adequado a qualquer tipo de produto por atingir todas as classes sociais e, assim, permitir o uso de várias linguagens.
Pouco antes, Carlos Alberto Parreira, idealizador do Footecon, falou sobre “Os Principais Treinadores Europeus: Filosofia, Concepções e Sistemas de Jogo”, onde destacou os principais sistemas táticos da história do futebol. “As grandes mudanças táticas, na maioria das vezes, aconteceram na Europa. Nós, brasileiros, o que temos de melhor é o poder de improvisação”, comentou Parreira, que apontou vários grandes treinadores da história, mas elegeu como ícone Alex Ferguson, treinador do Manchester United desde 1986.
Satisfeito com o sucesso da oitava edição do Footecon, evento que idealizou em 2004, Parreira afirmou que o saldo foi altamente positivo. “As palestras tiveram um nível altíssimo, com conteúdo muito rico e uma plateia bastante interessada. O futsal, que estreou nessa edição, ficou com a sala cheia e já está confirmado para o ano que vem. O nosso desafio é descobrir o que faremos para superar essa edição”, afirmou Parreira. No ano que vem, o Footecon começará a fazer seminários nas cidades-sede da Copa do Mundo. A primeira parada será em Curitiba, em 5 de março de 2012.
O Footecon é realizado pela FSV (Football Sports Venture), empresa parceira do técnico tetracampeão Carlos Alberto Parreira, pela Fagga | GL exhibitions, que conta com quase meio século de experiência na promoção e organização de eventos, e pela Traffic Sports, maior empresa de marketing esportivo da América Latina.
* Mais informações:
Assessoria de Imprensa do VIII Footecon
Textual Serviços de Comunicação – http://www.textual.com.br
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