O Atlético conquistou uma vitória que fez lembrar a sua tradição dos anos 1970: se não dá na bola, vai na base da raça!
E poderia ter sido por um placar mais dilatado, já que enfrentou uma Ponte Preta em tarde ruim, apesar de jogar em casa, com o apoio da torcida; porém com enormes buracos na defesa e um ataque sofrível.
Desfalcado de Guilherme, Neto Berola e Leandro Donizete, o time comandado por Cuca também mostrou falhas coletivas e individuais, como no erro de passes, 50.
No primeiro tempo foram oito escanteios mal batidos, o que também precisa ser discutido por Cuca com os jogadores. Carlos César e Dudu Cearense não aproveitaram bem a oportunidade que tiveram de voltar a ser titulares. Ambos se mostraram inibidos e pouco produtivos.
Isolado na frente, André pouco apareceu e cabeceou para fora a única boa chance que teve. Bernard acompanhou os companheiros no show de passes errados, mas ainda assim foi o jogador mais perigoso do Atlético.
Danilinho andou em campo e o zagueiro Leonardo Silva sentiu a longa ausência, e errou uma cabeçada dentro da própria área que só não foi transformada em gol por causa da fragilidade dos atacantes adversários.
A quantidade de passes errados, 50, é assunto para ser discutido pelo técnico Cuca com o seu elenco. No meio da temporada esse tipo de erro não poderia ser tão intenso, para quem já disputou duas competições no ano, além de ter grupo composto por maioria de jogadores experientes. As poucas chances da Ponte Preta nasceram daí e contra adversários mais fortes a situação pode se complicar.
O 0 x 0 com o Atlético-GO ficou de bom tamanho para o Cruzeiro e o Celso Roth gritou muito com o árbitro pedindo para acabar com o jogo, quando já estava na fase dos acréscimos. Como primeiro jogo do treinador, foi uma boa estreia, no estilo dele, de primeiro, arrumar o sistema defensivo, depois cuidar do restante.
Como sempre, Montillo foi o sopro de qualidade e ele saiu repetindo: “tem que melhorar, tem que melhorar”.
Mas, o time vai melhorar com os jogadores que estão chegando. O volante-meia Tinga deverá acrescentar muito.
No caso de jogadores como ele, profissional exemplar, o fato de ter 34 anos não quer dizer muita coisa. Se estiver inteiro fisicamente, um negócio de ocasião.
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