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A coisa está feia no mercado da mídia: mais duas revistas param de circular

Lamento pelos companheiros que perdem os empregos. A cada dia mais postos de trabalho estão fechando. Notícia do Portal dos Jornalistas:

* “Edições impressas de Veja Brasília e Veja BH deixam de circular”

Em nota divulgada nesta 5ª.feira (16/4), a Abril anunciou o fim das edições impressas de Veja Brasília e Veja BH. O conteúdo passa a ser exclusivamente digital e focado em serviços do Comer&Beber, os mais requisitados, segundo a empresa.

A editora aponta também para maior integração de equipes deonline e off-line da Veja, além do novo portal Veja.com. As mudanças, diz a nota, “foram planejadas ao longo de todo o ano passado e estão alinhadas ao exercício contínuo, que a Abril vem fazendo, de adequar seus conteúdos ao mundo digital”. Diz ainda que “o processo, também associado à desaceleração econômica que impacta a publicidade e a mídia de maneira geral, está alinhado às transformações do mercado e às exigências dos leitores. O objetivo é aumentar a competitividade ao adotar uma estrutura mais integrada e eficiente”.

O Portal dos Jornalistas apurou que somente da redação de Veja BH saíram 13 profissionais, mas houve cortes em outras áreas. Permanecem apenas os jornalistas João Renato Faria e Raíssa Pena, com a missão de alimentar o novo site de Veja BH. Eles respondem diretamente a Fernanda Guzzu, em São Paulo, que, agora em licença-maternidade, é substituída por Mônica Santos.

http://www.portaldosjornalistas.com.br/noticias-conteudo.aspx?id=3589


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Comentários:
13
  • Ricardo Guedes Mattos disse:

    É…
    As quatro famílias da imprensa brasileira, os Frias, Mesquita, Civita e Marinho, afinaram a estratégia para tentar derrubar a presidente Dilma Rousseff.
    Como não há nenhuma denúncia de corrupção contra ela, o pretexto para o golpe são as chamadas “pedaladas fiscais”.
    Como se 54 milhões de votos pudessem ser anulados por uma questão meramente contábil e que foi criado pelo o governo FHC no ano de 2000 e desde então, tal procedimento contábil vem sendo repetido e aceito pelo TCU.
    Essa ofensiva ocorre no momento em que os grupos de mídia passam pela maior crise financeira de sua história, que não é apenas conjuntural, mas também estrutural, em razão da migração do papel para a era digital; nesse cenário, fica a questão: as famílias midiáticas são movidas por interesses nacionais ou particulares?
    Querem a responsabilidade fiscal ou apenas sonham com um melhor acesso a verbas públicas e com a restauração do antigo status quo?

  • Miguel do Valle disse:

    Ângela Carrato é jornalista e professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG:

    http://observatoriodaimprensa.com.br/jornal-de-debates/requiem-para-a-midia-mineira/

  • ita disse:

    Já tem um tempo que cancelei assinatura de VEJA (na época do FHC) e do Estado de Minas (quando Aécio assumiu em Minas) e passaram a ser panfleto político travestido de jornalismo. VEJO que as pessoas não estão mais caindo na lábia dos meios de comunicação tradicionais comprometidos com patrocinadores que na maioria das vezes são corporações multinacionais. Tem coisas muito mais interessantes, profundas, verdadeiras na internet, mas depende de um trabalho de pesquisa e discernimento do leitor, aliás, por isso estamos aqui e nao discutindo em site desses conglomerado de mídia.

  • Leandro disse:

    Chico, entendo que realmente exista a crise neste momento, entretanto, entendo também que a veja, folha, estadão, band, sem falar na própria rede globo, estão fazendo a muito tempo um jornalismo que está deixando a desejar no que diz respeito a imparcialidade das noticias, então, o povo já não aguenta mais, o povo pode até dormir um pouco, mas não é bobo, chega uma hora que as pessoas conseguem ver e ouvir a manipulação da mídia nas noticias que são exibidas. principalmente nos ultimos anos, nas ultimas eleições, nos ultimos acontecimentos, principalmente políticos no Brasil, enfim, além da crise atual esses veículos estão caindo em descrédito. Infelizmente bons profissionais da área acabam por perder seus empregos. Acredito que tudo isso que acontece atualmente, seja algo para fazer com que todos nós possamos pensar um pouco mais, no que podem e temos que fazermos para melhorarmos enquanto seres humanos.

  • Marcos Paulo disse:

    Alguém ainda lê a Revista Veja ?!?

    A dona desse lixo de revista vai ter que mudar de nome logo, logo, ao invés de “Abril”, vai se chamar: “Fechou”.
    Foi só o governo fechar a torneira dos anuncios publicitários que esses ratos tiveram que se adequar a realidade do mercado.

    Nas páginas das revistas e jornais esses jornalistazinhos defendem o neoliberalismo. Porém, quando eles são impelidos a disputar o mercado e concorrer uns com os outros vira essa choradeira….rs

    A internet já matou esses veículos de mentira e manipulação…os que ainda existem vivem como zumbis.

  • Gilmar disse:

    Isso nada tem que a ver com governos ou políticas. É, isto sim, sinal dos tempos! A décadas todos sabem que os impressos iriam sofrer tais impactos: cada vez menos papel, para cada vez mais pixels.

  • Rafael disse:

    Pois é, além da Abril, a Folha, Estadão e Band andam demitindo também.

  • J.B.CRUZ disse:

    Governo incompetente:
    Sofrimento, ansiedade e preocupações para a sociedade…
    Todo povo tem o governo que merece…

  • Antônio CATÃO Jr. disse:

    Chico, a coisa está feia para todo lado.
    2.000 em férias coletivas na FIAT, que está em “parada técnica”, entenda-se fábrica fechada, de ontem (16/4) até a próxima quarta (22/4) e no mês de março houve uns 17 dias de “parada técnica”, além de 1 semana de semana santa. Na reação em cadeia, a 381 está vazia, sem nenhuma carreta, pois a produção na FIAT é “just in time”, possibilitando ir da FIAT à Mannesmann no tempo recorde de 15minutos num trecho cujo tempo médio em CNTP (condições normais de temperatura e pressão) chega a ser de 45 a 50 minutos. A 381 está, na hora do almoço, com trânsito de 2h da madrugada, ou seja os carreteiros também sem serviço e sem “emprego” pois recebem por frete, que está caríssimo diga-se de passagem e o Governo Federal não sinalizou com redução do mesmo. Nas empresas que produzem peças para a FIAT, a cada dia de trabalho são agendados de 15 a 20 exames médicos demissionais, isso desde início de Março. Uma das empresas, que por exemplo produz vidros (os vidros vêm de SP e os componentes dos vidros, tais como, aquecedores, preparos para colagem no chassi, entre outros, de uma produção diária média de 260.000, caiu para 25.000, o que vai levar a essa empresa a trazer o vidro todo pronto de SP, mesmo com o frete caro, será menos prejuízo. Isso impacta em que? Se o vidro virá todo pronto de SP, não tem porque manter a produção aqui. Conclusão: mais demissões.
    Para reflexão: lembremos que em 2014 crescemos (PIB) menos do que Colômbia, Equador, Bolívia e Chile. Ficamos equiparados a nossos hermanos, filhos da Kischner, e à Venezuela. Até Honduras cresceu mais do que o Brasil (o que Honduras produz para ter um PIB maior que o nosso?)
    Saudações Alvinegras!

    • Alisson Sol disse:

      Ou seja: no sumário, estão sendo demitidas inúmeras pessoas que tinham empregos artificiais, criados numa era em que, com dinheiro emprestado, se paga alguém para fazer algo, ao invés de se faze-lo.

      O Brasil é um país estranho. Nos EUA, bilionário, administrando empresas com centenas de bilihões de dólares de faturamento, administra a própria agenda, marca suas reuniões, responde e-mail, etc. No Brasil, já vi sujeito de empresa que chegou a faturamento de R$10 milhões contratar uma secretária para a secretária! Isto mesmo: a secretária tinha uma assistente, pois andava “muito ocupada”.

      Se o país não mudar esta mentalidade, não vai sequer competir com a Índia, onde dá para contratar a secretária da secretária da secretária pela metade do preço. E os recursos naturais vão acabar…

  • Lauro Penido disse:

    Na Democracia é assim; escreve-se o que quer e o público lê o que quer. Se não vende, junta-se à crise, acaba tendo que fechar mesmo. Enquanto isso, a Anitta tá vendendo que é uma beleza…

  • dan disse:

    Fico triste pelos profissionais que perderam o emprego. Logo a unica seção da Veja que tinha alguma utilidade/credibilidade.